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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Que tipo de Umbandista você é?



Infelizmente uma verdade...
Jamais devemos esquecer de que o que é falado para amigos, conhecidos, familiares ou até a assistência de um terreiro, também por nós deve ser praticado. De nada serve falar em pureza, na luz, e no branco se queremos viver sujos, no escuro e enredados...

Entre todos os terreiros espalhados por este país e pelo mundo, podemos encontrar casas cheias de “médiuns”, todos, ou quase todos, presentes no dia de sessão, afim de cumprir, por mais uma vez sua missão. Entretanto, podemos identificar facilmente dois grandes grupos de Umbandistas:

O UMBANDISTA VERDADEIRO e O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA.

Apesar de ser impossível verificar apenas na aparência em qual grupo determinado médium se encontra, as atitudes, os pensamentos, a preparação do adepto deixa claro sua classificação. Essa classificação deve ser feita intimamente por cada um que se diz “Umbandista”, colocando em uma balança seus atos.

Mas, genericamente, podemos defini-los dessa forma:

O UMBANDISTA VERDADEIRO, não deixa de ser umbandista quando os atabaques do terreiro silenciam. Ele continua vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora que se deve por em prática todo o ensinamento dados pelos guias na sessão.

O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA, além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina habitual. Quando indagado sobre sua religião, tem vergonha, esconde, mente ser de outra, e não faz questão nenhuma de por em prática aquilo que aprendeu.

O UMBANDISTA VERDADEIRO é aquele que se orgulha de sua religião, não teme assumi-la publicamente, ou ajudar aquele que precisa. É aquele médium interessado, que sempre busca aprender mais, questionar mais, buscando compreender melhor como funciona sua religião e a espiritualidade.

O UMBANDISTA VERDADEIRO tem amor à sua casa religiosa, pois entende que é nesse solo sagrado que seus Orixás e seus guias se manifestam, além de ser uma escola onde desenvolve sua mediunidade e aperfeiçoa sua moral. Busca auxiliá-la em tudo que precisa, tem zelo, tem capricho.

O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA lembra-se de seu terreiro apenas nos dias de sessões, e não se preocupa se tudo está em ordem, ou se a casa encontra-se em bom estado, pois, apenas quer “ficar” aquelas horas ali e ir embora.

O UMBANDISTA VERDADEIRO conta os dias para que chegue a próxima sessão. Programa sua vida incluindo os dias de trabalho, para que nenhum evento ocorra nesse dia, pois, trata-se de um dia sagrado. E quando chega o dia, o Umbandista verdadeiro desde o momento em que acorda, já está em sintonia com o astral superior, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e fumo e fazendo seu banho de descarga, pois sabe que os irmãos espirituais já estão agindo em seu templo e em sua matéria. Precisa estar bem, para socorrer aqueles que lá estarão precisando de auxílio.

O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA quando nota que naquele fim de semana terá sessão, já faz cara feia e pensa “não acredito, isso de novo! Nem deu para descansar”. Qualquer motivo é motivo para não ir ao terreiro. Se o tempo está frio, chuvoso ou muito quente, não vai. Se “não está afim” arruma qualquer desculpa e não vai. Se espirrar, se pegar uma gripe ou resfriado leve, também não vai. E esquece-se, que muitos irmãos doentes procuram nossas casas em busca de alívio para seus males. Qual seria a lógica de um filho de fé não ir, se seria essa a oportunidade de encontrar sua cura? O Umbandista de fim de semana no dia de sessão age como se fosse mais um dia comum. Cultiva vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu desenvolvimento.

O UMBANDISTA VERDADEIRO realmente acredita naquilo que professa. Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e tudo que faz, faz com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma forma, auxiliá-lo, mesmo não sendo da maneira que ele esperava. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente somos lapidados.

O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA duvida do que professa. Não tem certeza das manifestações. É aquele que acredita que sendo Umbandista, nunca mais terá problema de saúde, que nunca mais terá problemas financeiros. Quando tais problemas aparecem, revolta-se e mais uma vez põe em dúvida sua religião. É aquele que acredita serem as entidades verdadeiros “gênios da lâmpada”, que tudo que ele pedir e quiser, elas terão que dar. Acredita que não haverá mais contratempo e que não passará por provações, pois as “entidades não vão deixar ele sofrer”.

E você? Em qual grupo de Umbandista está?

Se está na dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continua buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cumprindo sua missão.

Mas, se você está no grupo dos Umbandistas de fim de semana, é sinal que algo em sua vida está errado. Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá chegar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas, buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso espiritual.

Fonte: Tenda de Umbanda "Filhos Da Vovó Rita"


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“Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.”

Albert Einstein.

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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