Já faz tempo que queria escrever sobre esse tema, da relação da inclusão social com a Umbanda.
A partir de arquétipos daqueles que são historicamente excluídos, inclusive por aqueles que eram legalmente excluídos, como o preto velho (arquétipo do negro escravo) e do caboclo (arquétipo do índio). Hoje não há mais uma exclusão legal, todos são iguais perante a lei, no entanto, há outras formas de exclusão, principalmente a decorrente da condição socioeconômica e também da discriminação com que alguns são tratados.
Por exemplo, aqui na região Sudeste, mais especificamente São Paulo, um grande preconceito contra o nordestino é fato. E é justamente nessa cidade e estado que se trabalha com a linha dos baianos. Temos também na Umbanda a linha dos ciganos, que por muito tempo estiveram à margem da sociedade; eram qualificados com os piores adjetivos, como “ciganos é ladrão de criancinhas”.
As crianças, que muitas vezes são tratadas sem o devido cuidado, aqui também recebem posição de destaque, assim como o idoso, o “velho”, que sempre é sinônimo de sabedoria e tratado com muito mais amor que boa parte dedica realmente a seus avós e bisavós quando os tem. Marinheiros, boiadeiros, cangaceiros, piratas, exus, pombagiras e malandros. O marginalizado passa por uma re-significação de valores dentro da Umbanda. Mesmo um cangaceiro que em vida representou morte, medo e terror, agora pode vir trabalhando para ajudar e proteger; um malandro não é vagabundo, e sim aquele que nos ensina a passar com “jogo de cintura” e bom humor as maiores dificuldades; exu e pombagira são guardiões do templo e da religiosidade; boiadeiros e marinheiros, todos têm o seu valor. Por mais que tenham errado, ainda assim possuem qualidades e virtudes e é por meio delas que vamos buscar o que há de melhor a oferecer ao próximo.
Aprendemos que nosso valor não está na roupagem, não está na cor da pele ou dos olhos ou mesmo na orientação sexual. Nosso valor está na vida e no outro, em nossas atitudes perante a vida e perante o semelhante, por mais diferente que ele seja, todos temos uma essência original em comum, todos somos irmãos. Tudo isso aprendemos na Umbanda, uma religião que não exclui nada nem ninguém, a religião da inclusão em todos os sentidos. Justamente pelo fato de nos sentirmos excluídos em muitas situações em que outras religiões ganham destaque, como no cenário político, por exemplo, por sua força de pressão.
Por exemplo, aqui na região Sudeste, mais especificamente São Paulo, um grande preconceito contra o nordestino é fato. E é justamente nessa cidade e estado que se trabalha com a linha dos baianos. Temos também na Umbanda a linha dos ciganos, que por muito tempo estiveram à margem da sociedade; eram qualificados com os piores adjetivos, como “ciganos é ladrão de criancinhas”.
As crianças, que muitas vezes são tratadas sem o devido cuidado, aqui também recebem posição de destaque, assim como o idoso, o “velho”, que sempre é sinônimo de sabedoria e tratado com muito mais amor que boa parte dedica realmente a seus avós e bisavós quando os tem. Marinheiros, boiadeiros, cangaceiros, piratas, exus, pombagiras e malandros. O marginalizado passa por uma re-significação de valores dentro da Umbanda. Mesmo um cangaceiro que em vida representou morte, medo e terror, agora pode vir trabalhando para ajudar e proteger; um malandro não é vagabundo, e sim aquele que nos ensina a passar com “jogo de cintura” e bom humor as maiores dificuldades; exu e pombagira são guardiões do templo e da religiosidade; boiadeiros e marinheiros, todos têm o seu valor. Por mais que tenham errado, ainda assim possuem qualidades e virtudes e é por meio delas que vamos buscar o que há de melhor a oferecer ao próximo.
Aprendemos que nosso valor não está na roupagem, não está na cor da pele ou dos olhos ou mesmo na orientação sexual. Nosso valor está na vida e no outro, em nossas atitudes perante a vida e perante o semelhante, por mais diferente que ele seja, todos temos uma essência original em comum, todos somos irmãos. Tudo isso aprendemos na Umbanda, uma religião que não exclui nada nem ninguém, a religião da inclusão em todos os sentidos. Justamente pelo fato de nos sentirmos excluídos em muitas situações em que outras religiões ganham destaque, como no cenário político, por exemplo, por sua força de pressão.
Nós umbandistas desenvolvemos um grande senso de justiça e também o bom senso para ver o diferente com olhos de amor, pois somos também a religião dos diferentes. Enquanto muitas religiões hoje pregam discriminação e preconceito, que alimentam homofobia e agressões de todos os tipos, a Umbanda nos ensina a respeitar as diferenças.
Uma criança que cresça no ambiente de Umbanda desde cedo aprende a amar o diferente em todos os sentidos e é incentivada a pensar a religiosidade de um ponto de vista racional e emocional ao mesmo tempo. Racional pois tudo tem um porquê de ser e emocional pois há uma dimensão mística na profundidade de experiência religiosa de Umbanda que nem sempre dá para ser explicada.
Poderia me estender muito mais ainda, no entanto o objetivo aqui é chamar a atenção para algo muito grave que vem acontecendo, pois há tempos estamos alertando a sociedade para uma guerra religiosa que vem sendo travada contra nós, mas que vem se estendendo a todos que sejam diferentes dos intolerantes e fundamentalistas religiosos que vêm dominando o quadro social e político no Brasil.
Pouca atenção e pouca mídia se tem dado aos fatos de agressão sofridos por adeptos dos segmentos afro-brasileiros. Com o tempo os estragos tendem não só a aumentar não só na quantidade, como no raio de ação.
Pouca relação se faz entre ataques de homofobia e religião, mas é fato que muitas religiões não aceitam uma diferente orientação sexual.
Temos visto em todas as escalas de valor social o desrespeito e a agressão, que muitas vezes começam com o “bullying” nas escolas entre crianças e termina em casos de polícia entre adultos que tiram as vidas uns dos outros apenas por não aceitarem que o outro seja diferente.
Na Umbanda somos moldados a uma postura inclusiva, naturalmente somos lapidados. Qual preconceituoso, soberbo, arrogante, vaidoso que não muda ou começa um processo de mudança ao tirar os sapatos e ajoelhar aos pés de um preto velho como última esperança para suas “urucubacas”, “ziqueiras” e outras “coisas feitas” que muitas vezes ele mesmo se fez ao agredir o outro com sua postura? Quem não aprende humildade, simplicidade e respeito ao outro na Umbanda, ainda não aprendeu nada...
Alexandre Cumino.
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