Oferenda: Objeto ou coisa qualquer que se oferece:
presente; dádiva – Diz-se na Umbanda, que oferenda é um presente para captar
apenas vibrações, ou melhor, para harmonizar vibrações.
Despacho: Ato ou efeito de despachar (dispensar os
serviços de; mandar embora; despedir).
Muitos acreditam ser a encruzilhada de Guardiões
estas de rua ou de cemitério. Mas a verdadeira “Encruza” está no campo astral e
não no campo físico.
Os Guardiões somente realizam “despachos” em
encruzilhadas de rua e de cemitério, desde que sejam para fins específicos,
quando à necessidade de manipular energias humanas que se entrecruzam. Fora
disso, as encruzilhadas de rua e de cemitério não são os pontos de força dos
Guardiões.
Aquilo que rege o Macrocosmo também rege o
Microcosmo, pois existe apenas uma Lei que comanda os mundos, adaptada conforme
a forma de vida que esteja debaixo de sua ação e reação. As leis que ordenam e
coordenam os astros, a natureza e os elementos são as mesmas leis que coordenam
a biologia e a física do ser humano, exatamente por ser este influenciado pelo
meio e pelas regras matemáticas dos astros e das potestades.
E a Lei que dá formação e ajuste à matéria e que
faculta, inclusive, o próprio modo de ser da movimentação Cármica, a Lei Mater
aplicada a movimentação dos elementos, é sintetizada na Encruzilhada dos
Guardiões, ou na Roda Cabalística da Encruzilhada.
Sabemos que muitos irmãos realizam seus trabalhos
ritualísticos nas chamadas encruzilhadas de rua ou cemitério. Achamos por bem
alertar que encruzilhadas de rua e de cemitério são locais onde existem
determinadas portas dimensionais que se ligam diretamente às covas mais
profundas do Baixo Astral. São as chamadas “Portas Cruzadas” e os trabalhos
feitos nestes locais, tem aceite somente por entidades que nada tem a ver com
os verdadeiros Guardiões, ou são efetuados por ordens dos Guardiões de Lei,
quando da manipulação energética necessária.
Nas encruzilhadas de rua e de cemitério habitam os
seres mais estranhos e terríveis, verdadeiros monstros, que alteraram a forma
de seu corpo astral (Zoantropia), devido a sua própria conduta mental e
emocional. Adulteraram completamente seus sentidos e seus objetivos na
caminhada evolutiva, sendo seres viciados, dementados e na sua maioria
perversos, coléricos e vingativos. Estes são os famigerados quiumbas, seres que
habitam a contraparte astral de locais como prostíbulos, matadouros, casas de
jogos, cemitérios, bares e mesmo churrascarias, pois são loucos por sangue,
morte, bebida e vícios, os mais variados.
E são eles que recebem nas encruzilhadas de rua e
de cemitério as oferendas feitas com sangue, animais mortos, ossos e todos os
tipos de materiais de baixa vibratória.
Estes seres se agregam na aura dos infelizes que
realizam tais práticas, como se realmente os vampirizassem, fomentando-os a
realizarem sempre tais oferendas sangrentas no intuito de alimentá-los
vibratoriamente. Muitos destes são acompanhados por outros seres que são
chamados de “larvas astrais”. Estas são formas pensamentos viciadas, que
possuem a forma de baratas ou de algo semelhante a lagostas, polvos, lombrigas,
etc. Tais coisas se agregam à vítima e funcionam como um sensor que a liga ao
quiumba, mesmo à distância.
Estas larvas trazem realmente muitas doenças,
tanto mentais como físicas fazendo com que a vítima se sinta, na maior parte
das vezes desanimada e sem força de vontade, só se recuperando quando estão em
qualquer prática viciosa.
Esses quiumbas são combatidos pelos Guardiões de
Lei da Umbanda, que exercem verdadeiro policiamento nas zonas onde existem o
tóxico, o álcool, a prostituição e coisas piores. Os Guardiões os policiam para
não utilizarem a contraparte etérica de elementos como o sangue, ossos, etc.,
por exemplo, para fins de contundência.
Na verdade, estes quiumbas são igualmente nossos
irmãos, estando apenas caídos na rota evolutiva, desviados que foram por outros
seres sumamente poderosos, embora intencionalmente voltados para o mal; os
magos negros.
Quando os Guardiões aprisionam estes quiumbas, os
levam a determinados postos corretivos no astral, onde ficarão recebendo um
tratamento que lhes facultará a retomada de sua linha evolutiva afim e o
possível reencarne. Dissemos possível pelo fato de muitos deles não terem
condições vibratórias de reencarnarem, pois que seus corpos astrais se
encontram em terrível desajuste e mesmo suas mentes estão em tal estado de
revolta e ódio que seria prejudicial a si e as outras pessoas o passe
reencarnatório.
Mas perguntará o leitor: já não encarnam tantos
assassinos, facínoras e corruptos? Como estes conseguem o tal passe? E
responderemos que estes se encontram nesta condição por já estarem extremamente
melhorados e que as coisas no submundo astral são bem piores.
Determinados assassinos que reencarnam (ou mais
exatamente são como que “jogados” na roda da encarnação para reajustar-se com
seus afins. Só o mal corrige o mal) já foram e vieram muitas e muitas vezes,
sendo que o seu livre arbítrio se torna cada vez menor enquanto não corrigirem
as suas ações.
Para muitos o passe da reencarnação é vedado e são
estes – os mais perigosos – aprisionados em sua consciência como se fossem
certas formas ovóides, em estágio estacionário. Mas este é um aspecto dos mais
terríveis e perturbadores e que deixaremos de citá-lo de forma mais aprofundada
para não causar traumas ao inconsciente de muitos…
É bom frisarmos que a Umbanda não doutrina o
maniqueísmo, ou a dicotomia BEM/MAL como se Deus fosse um déspota que se
deleitasse em ver seus filhos sofrendo num inferno eterno. A única coisa eterna
é o bem, o Amor Cósmico; sendo o mal uma distorção destas realidades e um
artifício utilizado pelo Criador, a fim de sabermos diferenciar o bem do mal. O
inferno está na consciência de cada um, sendo esta direcionada e escalonada de
acordo com as atitudes que se realizem durante as encarnações. Pois a verdade é
uma só: podemos enganar aos outros, mas jamais enganaremos a nós mesmos, que
somos testemunhas de nossos próprios atos, ninguém escapa do passado e os erros
são contados e pesados não somente pelos Tribunais Cármicos, mas muito
principalmente pela nossa própria consciência, pois quem já sentiu dentro de si
uma fagulha que seja da Verdade e do Amor das Almas, sabe o quanto pesa as
atitudes passadas e os atos infelizes realizados contra a natureza e os
semelhantes.
E o que acontece com aqueles que não se questionam
sobre seus atos?
Estes, quando seu Karma se torna impraticável,
repleto de ações negativas são direcionados a seus afins, para determinados
planetas menos evoluídos ou mais primitivos que o nosso. Como? Se em nosso
mundo que é uma casa abençoada necessitamos ainda pagarmos para nos alimentar,
(o que já é resultado de excessivas ganâncias do passado…) embora não paguemos
pela luz, ou pelo ar, existem mundos onde estas coisas são pagas, pois que
estes seres formaram tal condição negativa sobre si que seus próprios atos os
forçaram a construir uma sociedade afim a suas experiências passadas.
Achamos importante, para esclarecer os irmãos
umbandistas, repetir que fazer entregas em encruzilhadas de rua ou de cemitério
é atividade perigosíssima, principalmente quando estas entregas levam elementos
animais ou mesmo materiais densamente negativos. Repetimos que a Umbanda não
usa matar animais em hipótese alguma, seja para louvar Orixás ou para resolver
qualquer desmando com o baixo astral. A Umbanda também não usa colocar sangue
na cabeça de seus iniciados.
Acreditamos – pois temos certeza – de que o sangue
atrai esta classe de espíritos do quais falamos. Os irmãos dos Cultos de Nação
muitas vezes questionam a nós Umbandistas sobre o uso do sangue, alegando que
este é Axé e que a sua utilização revitaliza todo o sistema magístico de um
ritual; mas isto não faz parte da ritualística/doutrina da Umbanda Sagrada.
Cada coisa no seu lugar, e cada liturgia na sua religião.
Nós também cremos que o sangue é Axé, mas este só
realiza sua função de Princípio e Poder de Realização quando no animal vivo.
Matar um animal ou vários e entregá-los no seio da Natureza é uma violação e
uma afronta a esta mesma natureza, pois as vibrações expressas em oferendas deste
tipo agridem aos espíritos elementares que atuam nas matas e nas cachoeiras,
espíritos estes que estão aprendendo e se adaptando às realidades que os
aguardam e são agredidos com estas vibrações negativas.
Do livro: “A
Magia das Oferendas na Umbanda” – Autoria: Pai Juruá.
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