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Meus Irmãos

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sábado, 24 de julho de 2010

O Preto Velho no Centro Kardecista


Dando início a uma destas reuniões mediúnica num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec, foi feita a prece de abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio, foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião.

Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos

necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito.

O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática

espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus.

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe Dr.

Anestor.

O espírito respondeu:

- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus

trabalhos, Fio?”.

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa.

Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um

preto-velho, a entidade continuou:

-”Vósmecê não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?”.

- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente.

- Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.

- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito

adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que

benefícios traria isso a você?

O preto-velho respondeu:

- Preto-véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos

médiuns não faz uso do cigarro, Fio? Suncê mesmo num toma suas

bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que

tem o seu Espírito que beberica `whisky’ lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio?

Dr. Anestor não pôde explicar, mas resolveu arriscar: – Ora, meu amigo,

nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de

Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:

- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar.

Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou:

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô’, tem gente coando mosquito e engolindo camelos.

- Cuidado, irmãos, muito cuidado. Preto-véio deixa a todos um pouco da

paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os

que militam nesta respeitável Seara”.

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar “daquela forma”, mas não houve resposta.

No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma

importante lição para todos meditarem.


Adorei as Almas...


Salve Os Pretos Velhos... Salve Pai Benedito d'Angola a quem devo a minha Espiritualidade. Obrigado, Pai.



Um comentário:

  1. Adorei,está de parabéns,esse blog é nota 10 !O ideal é divulgar para todos os irmãos lá da mãe ZILMAR .
    Beijos Patrícia

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“Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.”

Albert Einstein.

Obras Básicas - Pentateuco do Espiritismo

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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