Eu estava com um problema e fui pedir orientação a um Caboclo de confiança (refiro-me ao Caboclo em parelha com seu médium, pois os Caboclos são todos de confiança). Expliquei que uma pessoa que eu respeitava muito, um tipo de padrinho experiente que tinha grande carinho por mim, estava tentando me convencer a tomar certo caminho em minha vida que, apesar de ser um caminho digno, eu não queria. Disse ainda que aquela influência estava perturbando meus pensamentos e meu trabalho aqui na terra.
A entidade pediu que eu lhe estendesse a mão, pegou um ponteiro e encostou a ponta afiada na minha palma.
- Está doendo, filho?- perguntou ele.
- Não meu pai.
Apertou um pouco mais o ponteiro e novamente perguntou:
– Está doendo agora, filho?
– Um pouco, meu pai.
Ele apertou mais e mais, até que a pressão estava ao ponto de furar a carne. Então novamente a pergunta:
– Dói agora, filho?
– Está doendo muuuiiito meu pai!
O espírito retirou o ponteiro da palma de minha mão e então peerguntou-me:
– Porque não tirou a mão quando sentiu forte dor, filho de Tupinambá?
– Porque eu lhe respeito muito, meu pai. O sr sabe que poderia atravessar minha mão com aquele ponteiro e ainda assim eu não a tiraria.
– Pois é isso, Leonardo. O respeito vai até o limite da dor - sentenciou o grande cacique enquanto lançava seu ponteiro, com precisão telescópica, na ponta da ponta da flecha de Oxóssi desenhada em sua tábua.
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Lição de duplo viés.
E na Umbanda, lição dada deve ser aprendida.
A pessoa espontaneamente parou de tocar no assunto que me incomodava.
Saravá Fraterno!
Fonte: http://umbandeando.blogspot.com/
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