A antiga tradição do
Xamanismo é a entrada do indivíduo em estados alterados de consciência para
visitar outros níveis de realidade, a partir dos quais ele possa extrair
ensinamentos, curas e visões para sua comunidade. Com suas origens no período
Paleolítico, o Xamanismo é encontrado nas raízes de muitas das principais
religiões do mundo e em facções de muitas outras.
A palavra saman vem
do povo Tungus, da Sibéria, e significa "aquele que sabe". Os
xamanistas são adeptos do transe, um estado alterado e de êxtase no qual
acreditam deixar seus corpos, subindo ao céu em um "voo mágico" ou
descendo ao submundo, para se encontrar com os ancestrais e comungar com os
espíritos da natureza. A tarefa do xamã é fazer as ligações entre os níveis ou
mundos (mundo superior, a terra intermediária e o submundo) existentes na sua
cultura.
Para muitos xamãs,
existe uma relação direta entre eles e o mundo natural. Um xamã cigano fala da
terra como se fosse sua mãe e das plantas, dos animais, do sol, da lua e das
estrelas como se fossem seus parentes, com os quais se comunica para obter
orientação. Tudo na natureza se torna, então, uma forma de simbolismo vivo. Um
sonho com uma águia, por exemplo, pode ser um convite para uma visão imparcial,
com atenção redobrada.
Atualmente, o
Xamanismo tradicional é pouco praticado, mas uma onda de interesse está
surgindo no Ocidente, inspirada na ligação, de Jung com suas idéias sobre o
"inconsciente coletivo" e por uma crescente identificação da
importância de viajar entre diferentes mundos ou estados. Alguns psicólogos
observam também uma conexão direta entre as realidades paralelas do xamã e a
relação entre o sonho e a realidade diária.
Salve o Xamanismo!
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