"Estamos na Terra para Aprender a
Amar"
"A Umbanda é a manifestação do Espírito para a Caridade" Caboclo 7 Encruzilhadas.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Estamos na Terra para Aprender a Amar
Padre François Brune, domingo, 18 de
dezembro de 2011
Autor do livro “Os Mortos nos Falam”,
o conhecido estudioso e teólogo francês fala sobre suas experiências no campo
das comunicações com os chamados mortos.
O padre François Charles Antoine Brune
(foto), teólogo e especialista em misticismo oriental e ocidental, sacerdote
ordenado em 1960, é desde 1987 considerado um observador atento da investigação
psíquica e da chamada Transcomunicação Instrumental (TCI).
Conferencista muito apreciado por
estes e outros temas afins, é também autor de muitos livros, entre os quais
"Os Mortos nos Falam” e “Linha Direta com o Além”. Graduado pela Sorbonne
em Latim e Grego, com cinco anos de estudos de pós-graduação em Filosofia e
Teologia no Instituto Católico de Paris e um ano adicional na Universidade de
Tuebingen, na Alemanha, ele possui os mais altos graus de Teologia, Grego e
Hebraico Bíblico, Hieróglifos Egípcios e Babilônicos da Assíria. E é, ainda,
pós-graduado em Escrituras Sagradas pelo Instituto Bíblico de Roma.
A seguir, a entrevista que nos
concedeu, em que fala sobre suas experiências no campo das comunicações com os
chamados mortos:
Tem você alguma experiência pessoal
com a Transcomunicação Instrumental (TCI)?
Nunca fiz nenhuma tentativa para
receber, eu próprio, as vozes através da TCI. Mas assisti, frequentemente, a
pesquisas feitas e estive muitas vezes presente quando as vozes se manifestaram
por magnetofone (gravador) e tive também a ocasião, em Grosseto, Itália, com
Marcelo Bacci, de falar diretamente com uma entidade, através do alto-falante
de um aparelho de rádio.
Conheço seu livro “Os Mortos nos
Falam” e um outro escrito em parceria com um professor da Sorbonne, Rémy
Chauvin.
Sim, “Linha Direta com o Além” (“À l’
Écoute de l’Au-delá”). Há também uma tradução em castelhano.
E tem também uma em português… Quem é
que se comunica através dos médiuns ou pela TCI? São pessoas falecidas?
Penso que a maior parte das vezes
comunicamo-nos com os mortos, que vivem agora numa outra dimensão. Mas por
vezes temos tido contactos também com extraterrestres, creio eu, até porque
muitos pesquisadores o afirmam. Parece-me também possível o contacto com
energias, simplesmente, como por exemplo no caso de Manfred Boden.
Vou fazer-lhe uma pergunta que poderá
parecer provocatória: não será um paradoxo para um padre católico a Igreja
Católica acreditar que Jesus se fez homem para salvar a Humanidade? Ora, se há
Humanidade ou seres inteligentes noutros planetas, é porque a Humanidade não
está só na Terra. Como fica então a teologia católica?
Para mim, isso não é nenhum problema,
pois não posso falar em nome da teologia católica, até porque não há sobre isso
qualquer posição oficial. Apenas posso dar a minha opinião pessoal. O que penso
é que todos esses planetas, todos esses mundos, todos esses seres inteligentes
foram criados pelo mesmo Deus – não há outro – e foram também criados pelo amor
e, provavelmente, eles conheceram o mesmo drama da liberdade. Tenho mesmo
tendência a crer que o Filho de Deus reencarnou em cada um destes mundos e que
foi certamente recebido da mesma forma triunfante como o foi na Terra. Além
disso, há mesmo alguns textos que parecem vir desses mundos e que afirmam isso.
Tal corresponde um pouco também ao que já diziam os padres gregos nos primeiros
séculos do Cristianismo: segundo a categoria da época, o Filho de Deus fez-se
Homem com os Homens, Anjo com os Anjos, Arcanjo com os Arcanjos, Querubim com
os Querubins e Serafim com os Serafins… É um pouco a mesma ideia, afinal!
Serão necessários novos paradigmas
para que a Ciência descubra o Espírito?
Sim, creio que a Ciência deve
adaptar-se a uma realidade que lhe escapa neste momento. Podemos fazer uma
comparação: se eu for à pesca, para apanhar peixes tenho de lançar a linha e
tenho de adaptá-la à posição do peixe. Não posso pedir ao peixe que siga o
atalho que corresponde à posição da linha! As linhas são as teorias científicas
para “apanhar” a realidade. Se conservo essa mesma linha, nunca conseguirei
“apanhar” a tal realidade que me escapa. É, pois, necessário que a Ciência
aceite mudar esses paradigmas, para se adaptar a novos níveis de realidade que
de momento, repito, lhe escapam.
É verdade que no Vaticano há padres
cientistas que pesquisam esta área?
Sim, tenho a certeza que existe uma
pequena equipe, composta de dois ou três padres, que estão ao corrente e que
conhecem estes fenômenos. Se fazem eles próprios as pesquisas, isso já não sei.
Havia o padre Andreash Resh, que criou um Instituto de Parapsicologia, o
Instituts für Grenzgebiete der Wissenschaft – IGW, em Innsbruck. Ele ensinou
durante muitos anos os fenômenos paranormais num Instituto que dependia da
Universidade Pontifical de Latrão. Ele abandonou esses cursos para se dedicar,
agora, a outros trabalhos. Mas contou-me que, por vezes, alguns cardeais lhe
chegaram a pedir se não poderiam obter quaisquer comunicações, por exemplo, das
suas mães. (risos)
A prova científica da imortalidade
será considerada uma revolução para a humanidade, como o foi a Revolução
Industrial?
Sim, normalmente deveria ser até uma
revolução ainda maior, mas nunca será assim, sabe? Na Idade Média, no Ocidente,
todos ou quase todos acreditavam na vida eterna. E não se tornaram santos por
causa disso! Continuou a haver criminosos, havia homens cheios de orgulho, homens
ávidos de poder, de dinheiro… Essa verdade não fez o mundo mudar muito!
Atualmente, cremos menos na vida eterna e estamos talvez mais em risco de nos
tornarmos “monstros”, mas não bastará “encontrar” a vida eterna para que todos
se tornem “santos”.
Dos casos que conhece, que objetivos
têm os Espíritos, as pessoas falecidas, que se comunicam através da TCI ou dos
médiuns? O que dizem eles?
Dois motivos fundamentais: o primeiro
é o de consolar os seres queridos que deixaram na Terra e que se encontram, muitas
vezes, desesperados; o segundo é o de confirmar que a vida continua
imediatamente após a morte, que Deus existe – dizem-no frequentemente – que nos
espera, que nos criou por amor e que todo o sentido da nossa vida na Terra é o
de crescer nesse Amor!
Que outros cientistas conhece que
estejam a pesquisar esta área da comunicabilidade com o mundo espiritual?
Há muitos já, atualmente! Há o Sinesio
Darnell, em Espanha, o Prof. Senkowski, o Hans Otto König, temos também, na
Itália, o Daniele Gullà, o Paolo Presi e ainda mais, no Brasil, em França…
Infelizmente, não há um nível científico muito elevado, em França, nesse campo.
Seria preciso muito mais. Creio que o melhor trabalho está a ser feito,
atualmente, em Itália. Houve resultados extraordinários com Adolf Holmes, na
Alemanha, mas esse não era um pesquisador, era alguém que recebia uma grande
quantidade de mensagens, de comunicações, mas que não tinha formação científica
para fazer pesquisas. No Luxemburgo, igualmente, o casal Julles e Maggy obteve numerosas
e magníficas comunicações, mas não possuía os meios intelectuais e
laboratoriais para realizar essas pesquisas. Da mesma forma, o alemão Klaus
Schreiber, falecido recentemente, não tinha os meios necessários para a
pesquisa científica. Há muito poucos cientistas interessados nestes fenômenos,
infelizmente muito poucos, mesmo…
Mas as experiências são válidas, não
são?
Sem dúvida, tudo isso não impede que
os resultados obtidos sejam extraordinários, nem entendidos. Conheci muito bem
o casal Julles e Maggy, conheci também Adolf Holmes, pessoalmente, e sei que
não existe qualquer espécie de fraude! Assisti a algumas experiências com ele,
com o casal que já referi, no Luxemburgo, e com Marcelo Bacci também! Bacci não
tem formação científica e, no entanto, consegue resultados extraordinários… Só
que não consegue prosseguir os estudos!
Tem alguma mensagem que queira
transmitir aos Espíritas Portugueses, ou aos Portugueses, em geral?
Gostaria que continuassem a trabalhar
neste sentido. Que continuem a progredir no Amor, cada um na sua vida, porque
estamos na Terra para aprender a amar. Que utilizem estes meios de comunicação
com o Além para confortarem a sua fé e mesmo a fé cristã, apesar do estado
catastrófico em que se encontra a Igreja. Esta Igreja que não é fiel à mensagem
do Cristo, mas esperemos que um dia se renove, é preciso que se trabalhe para
isso… Mas, principalmente, é necessário conservar a fé, a fé cristã…!
*Esta
entrevista foi publicada originalmente no Jornal de Espiritismo da ADEP, de
Portugal. E agora muito oportunamente republicada pela revista espírita 'O
Consolador'.
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“Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.”
Albert Einstein.
A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.
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