O umbandista, devido ao tipo de sua mediunização, que é o fato do guia andar, manifestar trejeitos, sotaques, vestimentas, enfim, por ser uma manifestação espiritual carregada das personalidades das entidades que fumam cachimbo, charutos, cigarros de palha, deve rever e conhecer suas falhas emocionais e psicológicas, que interferem em sua mediunização. A prática mediúnica, nestes casos, poderá se tornar um grande problema que só se resolverá com intensa supervisão e orientação do pai e da mãe de terreiro e com humildade por parte do médium aprendiz, quando isto ocorre.
Quando o médium inicia seu desenvolvimento mediúnico é natural que o mesmo fique apaixonado e eufórico e muito envolvido nesta nova experiência existencial. É justamente este encantamento que vai motivá-lo para os desafios, da mediunidade, que aparecem neste momento. No entanto, é também uma fase em que muitos tentam apoiar-se em sua mediunidade para suprir suas deficiências emocionais, o que é natural em todo ser humano e quando isto não pode ser controlado pode se tornar um perigo eminente, pois o médium pode usar a mediunização como forma de auto valorização.
A vida do médium se divide em dois momentos: antes e depois da mediunidade. Acontece que este grande universo precisa ser vivido com coerência, humildade e um grande senso crítico, porque senão será uma avalanche de confusões e comportamentos nocivos.
Desta forma entendemos aqui o que è esta “euforia religiosa”, que nada mais é do que a entrega do médium no mundo espiritual e no mundo da mediunidade.
Vamos entender agora o que é o animismo: - quando o médium se pronuncia ao invés da espiritualidade, ou seja, age e pensa e fala como se fosse uma entidade, uma segunda pessoa ( espírito) e manifesta isto como se fosse uma entidade.
Não é mistificação, esta atitude acima dita, que é usada com malicia, proposital, e o indivíduo fala como se fosse o espírito, mentirosamente com má intenção. Mas animismo acontece de forma silenciosa e muitas vezes não percebemos para aqueles que não aprenderam conceitos básicos da religião de umbandae da ação espiritual do médium, pois ele está tão envolvido e entregue às novas sensações que pode em um determinado momento acreditar que tudo em sua volta é uma experiência espírita-mediúnica.
Já nas primeiras sensações do guia, o médium é orientado que intuições que virão. Acontece que é muito difícil distinguir intuição de pensamento próprio e não há uma formula a se ensinar.
Cabe ao pai ou mãe de terreiro estar atentos e também ao médium estar atento, para com a sua sensibilidade saber distinguir o que é intuição ou o que é impressão.
O médium começa a sentir as manifestações do guia e quer se aproximar muito da entidade, justificando que o guia que intuiu, quer criar um elo de companheirismo, o que está certo, mas muitas vezes nesta intenção ele cria mentalmente necessidades desta entidade, ou seja, começa a providenciar uma série de “presentes”.
Por isso precisamos estudar e termos disciplina mediúnica. O médium que vem ao terreiro simplesmente para dar o passe, pode ser até um médium antigo, mas acaba por cair no animismo e da exploração de seu próprio corpo físico que agora está a mercê de entidades de baixa vibração, dando o nome de seu preto velho ou caboclo, mas na realidade são entidades zombeteiras.
O médium acredita em tudo que ocorre em sua vida está a presença do guia. Nos sonhos ele sempre fala que o guia vem lhe dar um recado e que as intuições e os pensamentos são provindos dos seus guias. Ele começa a dar conselhos para os outros dizendo que “o seu guia” mandou dizer, narra “sonhos reveladores”, e coisas desse tipo. Quando o médium fala para o outro: “fulano sonhei com você e você deve tomar cuidado...” Ou “meu guia quer que você faça isso, isso e isso”.
Podem acontecer também “incorporações” fora de hora e de local. Tudo isto é uma carência psicológica e uma necessidade íntima, ou uma forma que o médium acha que conseguirá estreitar os laços da entidade.
A mediunidade não está desenvolvida nunca, está sempre em desenvolvimento. Por isso é necessário sempre a humildade e a vontade de aprender. O que a casa mais teme é quando o médium acha que tudo sabe e se considera “pronto”. Estamos sim, prontos para aprender.
Vamos perguntar: como podemos discernir entre mediunização e animismo? Ou como podemos perceber quando se dá o animismo?
Estudo, responsabilidade mediúnica, seriedade ao trabalhar com suas entidades, aceitar os princípios básicos da religião de umbanda.
Aceitar que os guias estão e são ocupadíssimos e não estão à nossa disposição a todo e qualquer momento.
Aceitar que se estamos numa corrente e fizermos nosso trabalho direito mal nenhum vai nos pegar.
Tomarmos os banhos de descarrego regularmente, conforme a entidade passar.
Estar em dia com as obrigações de nossas entidades.
Sermos honestos na nossa incorporação e em nossa vida.
Não querermos milagres de nossas entidades.
Agirmos com simplicidade.
E se ainda assim o médium alega que escuta o guia, enxerga e sente o guia o tempo todo e que este guia faz tudo. Então, estamos lidando com um zombeteiro ou um obsessor que está se fazendo passar pelo guia.
Mas se freqüentamos uma casa séria e honesta isso é pouquíssimo provável que aconteça.
Quero deixar aqui um trecho de Chico Xavier:
“Os espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar. Mas é preciso que pelo menos lhes ofereçamos uma base... Muitos ficam na espectativa do socorro do alto, mas não querem nada com o esforço na renovação, querem que os espíritos se intrometam em suas vidas e resolvam seus problemas...
Ora, nem Jesus Cristo quendo veio a terra se propôs a resolver problema particular de alguém... Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmo”
Se ao ler ou ouvir este texto você pensa que não tem nada a ver com isto –preocupe-se
Se ao ler ou ouvir este texto você pensou mais nas outras pessoas, preocupe-se mais ainda.
Se ao ler ou ouvir este texto você começou a se analisar, bom caminho
Umbanda: evolução coerência humildade e amor
Quando o médium inicia seu desenvolvimento mediúnico é natural que o mesmo fique apaixonado e eufórico e muito envolvido nesta nova experiência existencial. É justamente este encantamento que vai motivá-lo para os desafios, da mediunidade, que aparecem neste momento. No entanto, é também uma fase em que muitos tentam apoiar-se em sua mediunidade para suprir suas deficiências emocionais, o que é natural em todo ser humano e quando isto não pode ser controlado pode se tornar um perigo eminente, pois o médium pode usar a mediunização como forma de auto valorização.
A vida do médium se divide em dois momentos: antes e depois da mediunidade. Acontece que este grande universo precisa ser vivido com coerência, humildade e um grande senso crítico, porque senão será uma avalanche de confusões e comportamentos nocivos.
Desta forma entendemos aqui o que è esta “euforia religiosa”, que nada mais é do que a entrega do médium no mundo espiritual e no mundo da mediunidade.
Vamos entender agora o que é o animismo: - quando o médium se pronuncia ao invés da espiritualidade, ou seja, age e pensa e fala como se fosse uma entidade, uma segunda pessoa ( espírito) e manifesta isto como se fosse uma entidade.
Não é mistificação, esta atitude acima dita, que é usada com malicia, proposital, e o indivíduo fala como se fosse o espírito, mentirosamente com má intenção. Mas animismo acontece de forma silenciosa e muitas vezes não percebemos para aqueles que não aprenderam conceitos básicos da religião de umbandae da ação espiritual do médium, pois ele está tão envolvido e entregue às novas sensações que pode em um determinado momento acreditar que tudo em sua volta é uma experiência espírita-mediúnica.
Já nas primeiras sensações do guia, o médium é orientado que intuições que virão. Acontece que é muito difícil distinguir intuição de pensamento próprio e não há uma formula a se ensinar.
Cabe ao pai ou mãe de terreiro estar atentos e também ao médium estar atento, para com a sua sensibilidade saber distinguir o que é intuição ou o que é impressão.
O médium começa a sentir as manifestações do guia e quer se aproximar muito da entidade, justificando que o guia que intuiu, quer criar um elo de companheirismo, o que está certo, mas muitas vezes nesta intenção ele cria mentalmente necessidades desta entidade, ou seja, começa a providenciar uma série de “presentes”.
Por isso precisamos estudar e termos disciplina mediúnica. O médium que vem ao terreiro simplesmente para dar o passe, pode ser até um médium antigo, mas acaba por cair no animismo e da exploração de seu próprio corpo físico que agora está a mercê de entidades de baixa vibração, dando o nome de seu preto velho ou caboclo, mas na realidade são entidades zombeteiras.
O médium acredita em tudo que ocorre em sua vida está a presença do guia. Nos sonhos ele sempre fala que o guia vem lhe dar um recado e que as intuições e os pensamentos são provindos dos seus guias. Ele começa a dar conselhos para os outros dizendo que “o seu guia” mandou dizer, narra “sonhos reveladores”, e coisas desse tipo. Quando o médium fala para o outro: “fulano sonhei com você e você deve tomar cuidado...” Ou “meu guia quer que você faça isso, isso e isso”.
Podem acontecer também “incorporações” fora de hora e de local. Tudo isto é uma carência psicológica e uma necessidade íntima, ou uma forma que o médium acha que conseguirá estreitar os laços da entidade.
A mediunidade não está desenvolvida nunca, está sempre em desenvolvimento. Por isso é necessário sempre a humildade e a vontade de aprender. O que a casa mais teme é quando o médium acha que tudo sabe e se considera “pronto”. Estamos sim, prontos para aprender.
Vamos perguntar: como podemos discernir entre mediunização e animismo? Ou como podemos perceber quando se dá o animismo?
Estudo, responsabilidade mediúnica, seriedade ao trabalhar com suas entidades, aceitar os princípios básicos da religião de umbanda.
Aceitar que os guias estão e são ocupadíssimos e não estão à nossa disposição a todo e qualquer momento.
Aceitar que se estamos numa corrente e fizermos nosso trabalho direito mal nenhum vai nos pegar.
Tomarmos os banhos de descarrego regularmente, conforme a entidade passar.
Estar em dia com as obrigações de nossas entidades.
Sermos honestos na nossa incorporação e em nossa vida.
Não querermos milagres de nossas entidades.
Agirmos com simplicidade.
E se ainda assim o médium alega que escuta o guia, enxerga e sente o guia o tempo todo e que este guia faz tudo. Então, estamos lidando com um zombeteiro ou um obsessor que está se fazendo passar pelo guia.
Mas se freqüentamos uma casa séria e honesta isso é pouquíssimo provável que aconteça.
Quero deixar aqui um trecho de Chico Xavier:
“Os espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar. Mas é preciso que pelo menos lhes ofereçamos uma base... Muitos ficam na espectativa do socorro do alto, mas não querem nada com o esforço na renovação, querem que os espíritos se intrometam em suas vidas e resolvam seus problemas...
Ora, nem Jesus Cristo quendo veio a terra se propôs a resolver problema particular de alguém... Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmo”
Se ao ler ou ouvir este texto você pensa que não tem nada a ver com isto –preocupe-se
Se ao ler ou ouvir este texto você pensou mais nas outras pessoas, preocupe-se mais ainda.
Se ao ler ou ouvir este texto você começou a se analisar, bom caminho
Umbanda: evolução coerência humildade e amor
Por Mãe Maria
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