A
cura do corpo depende de se curar primeiro a alma,
Pois
só remédio não resolve pra quem não conhece a calma...
Aflição
e desespero semeiam a insatisfação:
Um
coração aflito acolhe a dor e a revolta
E
mesmo que o Sol brilhe, ele nada enxerga à sua volta...
A
cabeça é tomada de angústia,
Não
há pensamento bom;
Da
maldade nasce a crença negativa
Que
lança raízes dentro do Ser
E a
Luz que mora nele não se consegue mais ver...
De
repente ―é o
que parece―, a vida fica ruim:
Nada
serve, nada vale, é um sofrimento sem fim...
Quando
se adoece na alma, é preciso muita calma...
Fazer
o caminho da volta, pra alcançar a Redenção:
Abandonar
a ilusão, sair da escuridão que se formou,
Clareando
o entendimento na Luz que Zâmbi emanou.
Lembrar
que é filho de Zâmbi,
O
Pai que nos criou por Amor,
E
amar a si mesmo sem rejeição,
Pois
olhar-se com respeito é contemplar a Criação...
Ver
a Luz dentro de si,
Ficar
consciente,
Pra
compreender o instante que passa,
Pois
tudo passa...
Não
vale perder-se da alma, não vale adoecer!...
Mais
vale buscar pela calma, pra sentir e perceber
Que
os muros de dentro não bastam,
Que
é preciso buscar a Luz por inteiro
―Por
fora e por dentro―,
Porque
tudo é Um, tudo é Zâmbi!...
Quem
se fecha, porém, se afasta e fica à parte,
Entregue
à própria sorte, nos caminhos que traçou
E,
como ilha, não percebe o Todo:
Não
percebe o “nós”, fica vazio e sem rumo,
Perdido
num mar de tempestades,
Como
um navio batido por ventos sombrios...
Abandonar
essa trilha de dor e de solidão,
Eis
a resposta segura pra se ter a libertação:
Acordar
e fazer brilhar a própria Luz
―De
dentro pra fora―
E
abrir com Amor, sem esforço ou lamento,
Um
caminho de retorno da Luz,
Pra
que a Luz de Zâmbi possa vir
―Por
fora e por dentro―
Preencher
nossos vazios...
É
assim que acontece a cura
E
toda a dor vai-se embora...
Preto-Velho Pai
Joaquim do Congo, 11/4/2012.
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