Vários são os motivos para um irmão de fé chegar a um terreiro. Em geral, um problema físico, material ou até mesmo espiritual. Às vezes até uma curiosidade pelo ritual ou o simples tocar do tambor.
Mas quando se recebe o chamado para abraçar a causa umbandista e trabalhar dentro do terreiro, alguns médiuns não fazem idéia da responsabilidade que estão assumindo não só consigo, mas com a Espiritualidade no compromisso de servir ao próximo.
Muitos se deixam levar pelo entusiasmo de trabalhar no terreiro, ou simplesmente de incorporar um Caboclo, um Preto Velho, uma Criança, um Exu, achando tudo isso “muito legal”.
Mas logo vêem que Umbanda não é só “pegar santo”, como se fala por aí. Não é só chegar ao terreiro e incorporar sua entidade para sarava. Para ser um Umbandista é necessário estudar a doutrina, ter disciplina, comprometimento com a Casa e com os trabalhos de caridade.
Já dizia Caboclo Mirim: “Umbanda é coisa séria, e para quem quer ser sério”. E esse compromisso você só assume com seriedade quando há entrega total aos trabalhos e à missão que lhe foi designada.
Quando não há essa seriedade no trabalho ao qual se propõe o que vemos são médiuns que vêm e que vão como poeira no vento. Caboclo Sete Estrelas sempre diz que "as portas do terreiro estão sempre abertas. Quem entra e quem sai é o próprio médium". Muitos pedem permissão ao Comando Espiritual, seja ele um Caboclo ou Preto Velho, e depois somem, sem dar qualquer tipo de satisfação. É isso que a Espiritualidade quer de um médium?
Se você chegou a uma Casa de Umbanda, não foi à toa. Se as suas entidades te levaram até lá é porque sabem da missão que você tem a cumprir com o Pai Maior. Por isso, meus irmãos, tenham plena consciência do compromisso que estão assumindo ao ingressar em qualquer trabalho de ordem espiritual. Tudo que se faz no trabalho da caridade, deve ser feito com amor, dedicação, carinho e entrega. Do contrário não passará de mera superficialidade.
Por: Cristiano Queiroz
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