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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Destruindo Nossos Valores, Também Destruímos Deus.



Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste acto não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu acto mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste acto, de uma história superior a toda a história até hoje! - NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125."

Estamos acostumados com os noticiários dos jornais na TV ou nas manchetes dos jornais impressos com casos de violência e banalização da vida humana. Aqui colocaremos alguns casos mais conhecidos, que ficaram na memória das pessoas, só para ilustrar como a violência urbana nos cerca, como está presente no nosso dia-a-dia.

Em 1993 foi encontrada morta em um matagal no Rio de Janeiro, aos 22 anos, a atriz Daniella Perez, morta por um colega ator que contracenava com ela na novela da TV Globo ("De Corpo e Alma"), e pela mulher dele que estava grávida de quatro meses. Daniella Perez recebeu 18 golpes de tesoura e teve quatro perfurações no pescoço, oito no peito e mais seis que atingiram pulmões e outras regiões.

Em junho de 2002, o repórter da TV Globo Tim Lopes foi torturado e brutalmente assassinado por traficantes no Rio de Janeiro. O jornalista investigava denúncias de venda livre de drogas e shows de sexo explícito com menores em bailes funks na Vila Cruzeiro, no subúrbio. Segundo os depoimentos colhidos pela polícia, os criminosos teriam feito um "julgamento" para decidir se o matariam. Ele foi barbaramente espancado e torturado. Seu corpo foi esquartejado e queimado em pneus numa gruta, método conhecido como "micro-ondas".

Em setembro de 2002, o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, foi morto em uma rebelião no presídio de Bangu 1. Uê recebeu tiros e foi queimado vivo durante a rebelião. A perícia encontrou seu corpo completamente carbonizado.

Em 2006, oito pessoas morreram em um ataque a um ônibus da Viação Itapemirim que passava pela Avenida Brasil, vindo do Espírito Santo em direção a São Paulo. O veículo foi parado por 15 bandidos que roubaram os passageiros e atearam fogo ao veículo impedindo que os passageiros descessem. Além dos mortos, quatro pessoas ficaram feridas, com queimaduras em diversas partes do corpo.

Em dezembro de 2006, em São Paulo, bandidos sequestraram e atearam fogo a quatro pessoas em Bragança Paulista, entre elas uma criança. Depois de obrigar a vendedora Eliana Faria Silva, de 32 anos, a abrir o cofre da loja em que trabalhava, os criminosos levaram ela, o marido dela, o mecânico Leandro Donizete de Oliveira, de 31 anos, o filho do casal, de 5 anos, e uma amiga da família para um carro, onde foram amarrados e incendiados. O menino conseguiu escapar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em fevereiro de 2007, o menino João Hélio Fernandes Vieites, de apenas 6 anos, morreu após ser arrastado por mais de sete quilômetros, preso ao cinto de segurança do carro onde estava. O crime ocorreu durante um assalto. A mãe, uma amiga e a irmã de 13 a nos de João conseguiram escapar, mas o garoto ficou preso ao cinto quando os assaltantes arrancaram com o carro. Motoristas e um motoqueiro que passavam no momento sinalizaram com os faróis. Os ladrões ignoraram e continuaram a fuga arrastando o corpo pelo asfalto.

Em março de 2008 a menina Isabella Nardoni, de cinco anos de idade, foi jogada do sexto andar do Edifício London no distrito da Vila Guilherme, em São Paulo. O caso gerou grande repercussão nacional e, em função das evidências deixadas no local que incriminavam o pai e madrasta da criança, os quais foram condenados por homicídio doloso triplamente qualificado.

Colocamos acima os casos mais conhecidos, que tiveram uma cobertura e uma divulgação maior na imprensa, porém, se fôssemos detalhar mais, seriam milhares e milhares de casos em que a vida humana foi banalizada, desrespeitada e violada, vítima de uma violência que, nem os algozes sabem bem explicar os seus porquês. Isso tudo não por acidente, por uma fatalidade natural, mas por outro ou outros seres humanos que não tiveram freio, moral, valores ou estrutura religiosa que impedissem tais barbaridades.

É interessante notar que o censo de 2000 apontou uma população de 73,8% de pessoas no Brasil se declarando como Católicos, 15,45% de pessoas como Evangélicos, 10,43% de pessoas como Pentecostais, 4,23% de pessoas como Protestantes históricos, 1,38% de pessoas como Espíritas, 0,34% de pessoas como Afro-Brasileiros, 0,26% de pessoas como Umbandistas, 0,08% de pessoas como Candomblecistas ... Num total de 100% correspondendo a 169.411.759 de pessoas com declaração de religião, sendo que desse total 7,28% se declararam como sem religião, representando 12.330.101 de pessoas.

Pelo censo realizado em 2000, 92,72% da população brasileira manifesta algum tipo de religião. Porém, os crimes continuam, a corrupção continua, a banalização da vida e até a discriminação religiosa também se faz presente. Será que as pessoas realmente estão representando seus valores religiosos (os bons valores) em seu dia-a-dia, ou a religião é apenas um rótulo, uma apresentação social em comunidade, uma forma de status, de títulos ou manifestação de poder para que possam ser bem vistas?

É muito estranho ver no Brasil diversas e diversas crenças e templos falando sobre Deus (dentro de suas formas e doutrinas), seja em rádios, televisões, jornais, na internet, em vias públicas, em livros, ou seja, utilizando diversos meios de comunicação e, no entanto convivemos, cada vez mais, com a violência, com a impunidade, com a banalização dos crimes, com o descaso ao outro (não se importam com o outro).

Hoje em dia ligamos uma televisão e escutamos críticas de cenas de nudez por parte dos que ali estão presentes, mas, no filme que venha no decorrer da programação, vemos personagens atirando, decapitando, explodindo ... sangue jorrando e, as mesmas pessoas que criticavam a nudez da programa anterior, estão ali, permissivas ou banalizando a carga de violência que estão sendo expostas. Será que elas percebem isso? Pensam nisso? Acho que não!

É interessante notar, que até emissoras de TV que têm instituições religiosas por detrás, mantêm em sua grade de programação atrações que exibem uma grande quantidade de violência diária. Mas não teriam outras coisas para oferecer ao seu público?

Nossa sociedade se tornou permissiva à violência e os valores religiosos mais básicos, encontrados em qualquer religião, acabaram ficando de lado: não matar, não roubar, amar a seu próximo, respeitar o seu próximo, proteger e amar a família, respeitar pai e mãe, proteger e cuidar dos filhos ...

Quando os valores religiosos básicos não são colocados de lado, parece que são adaptados às necessidades mundanas humanas, travestidos de uma religiosidade capenga e interesseira, onde os fins justificam os meios. E quando as falhas são cometidas, muitas vezes por seus religiosos, desculpas são colocadas das mais variadas, sempre fazendo ver alguma má influência externa e maléfica, mas nunca vendo um defeito de caráter, um uso indevido da fé, deturpações de valores em função do materialidade.

Deus está morrendo dentro da sociedade por nossa própria culpa (convivendo com a violência e banalizando a vida humana, acabamos com a força de Deus que vive dentro de nós); adaptando ou deturpando os valores básicos da fé (calamos a vento sagrado das palavras divinas). Está havendo uma crise de valores dentro da sociedade, faltando parâmetros corretos, justos e sérios a serem seguidos.

Cada religião tem sua responsabilidade social em combater à violência, harmonizando a sociedade, fazendo com que as pessoas possam achar a essência de Deus em suas vidas de uma maneira tranquila (fazendo Deus viver e fazendo-o presente dentro e fora de nós). Entendendo que a manifestação da fé, na sociedade é plural e diversa, sendo válida e transparente em todas as crenças, sem melhores ou piores, sem conflitos ou sem verdades impostas.

Fazer com que Deus viva e atue em nós, em nossas vidas, é abrirmos os olhos, é enxergarmos os desequilíbrios que estamos fazendo em nosso mundo e em nós mesmos; tentando corrigi-los. É assumir responsabilidades uns com os outros, é nós respeitarmos (de fato) como seres humanos, manifestos na mesma força e essência de Deus, em valores mais dignos e honestos.

O caminho é longo e difícil (existem muitos vícios e erros já enraizados), mas não impossível. Alguns já provaram isso.

"Aprendi, graças a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira. E do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo. Não é que eu não me ire ou perca o controle. O que eu não dou é campo à ira. Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo. Mas quando a ira me assalta, limito-me a controlá-la. Como consigo? É um hábito que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua." (MAHATMA GANDHI)

Por Etiene Sales

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