Tua religião!
Em muitas ocasiões, perguntas se ela é, realmente a melhor.
Não precisas, porém de largar comparações.
Faze o exame da própria fé:
Se nas crises da vida, quando suplicas concessões especiais, em teu benefício, a tua religião te ensina que todas as criaturas são filhas do Criador, sem que te seja lícito exigir qualquer privilégio na Criação...
Se, nas atribuições de merecimento, quando rogas favores particulares para aqueles que te desfrutam os caprichos do afeto, a tua religião te aconselha a respeitar o direito dos outros...
Se, nas invasões da mentira, diante das perturbações que se distendem por gases envenenados, quando te inclinas, naturalmente, para onde te predisponham os ventos da simpatia, a tua religião te confere a precisa força moral para aceitar a verdade...
Se, no jogo dos interesses materiais, quando tentações numerosas te induzem a trapacear, em nome da inteligência, com vantagens pessoais manifestas, a tua religião te mostra o caminho do dinheiro correto, sem afastar-se do suor no trabalho e da responsabilidade no esforço próprio...
Se, nos dias amargos de humilhações, quando o orgulho ferido te sugere desespero e revide, a tua religião te recomenda humildade e abnegação com a desculpa incondicional das ofensas e esquecimento de todo o mal...
Se, nas horas de angústia, perante a morte que paira, inevitável, sobre a fronte dos entes queridos, quando a separação temporária te impele ao desânimo e a rebeldia, a tua religião te assegura a certeza da imortalidade da alma, sustentando-te a paciência e iluminando-te as esperanças...
Se, tua religião considera a felicidade do próximo acima da tua felicidade, convertendo-se em serviço incessante no bem, sob a inspiração da justiça, a tua religião é e será sempre uma luz verdadeira para o caminho, conduzindo-te a alma, degrau de entendimento e trabalho para as Esferas Superiores.
Se te declaras em ação, na Doutrina Espírita, efetivamente, a tua religião não pode ser outra. E, se dúvidas te avassalam o pensamento em matéria de crença e conduta, preconceitos e tradições, entra no mundo de ti mesmo e indaga da própria consciência qual teria sido, entre os homens, a religião de Jesus.
Do livro Mãos Marcadas, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier
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