Governador
Espiritual da Terra
Desde
os primeiros momentos do cristianismo oficial, a figura ímpar do meigo Rabi da
Galiléia vem sendo confundida com o próprio Deus.
Baseado
em errôneas interpretações dos textos evangélicos, muito se tem discutido sobre
o tema. Jesus é sem sombra de dúvida a personalidade mais biografada de todos
os tempos, e a Bíblia, onde no Velho Testamento é previsto a sua vinda e no
Novo temos ensinada a sua Moral, é o livro mais vendido de toda a história
editorial.
Coube
ao Espiritismo as elucidações necessárias sobre a personalidade augusta do
Mestre e mostrar a quem possa interessar que Jesus não é Deus, mas um Espírito
criado simples e ignorante, e como todos os demais, foi submetido a uma
inevitável marcha de evolução e, de acordo com grau de maturidade intelectual e
moral que alcançou, faz parte da Comunidade de Espíritos Puros que auxiliam o
Criador a manter a harmonia e a ordem no Universo.
O
Espírito Emmanuel, algum tempo depois da Codificação Espírita, nos informa que
Jesus é o Governador Espiritual da Terra. Assim nos descreve ele em seu livro “A Caminho da Luz”:
Rezam
as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso
sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo
do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as
coletividades planetárias
Essa
comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros
divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da
Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do
nosso planeta por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
A
primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar,
a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema
cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a
segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à
família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
Notamos
que esta afirmativa de Emmanuel, nos esclarece acerca das informações anotadas
pelo evangelista João, nos primeiros movimentos de seu livro:
No
princípio era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez. (João, 1: 1
a 3)
Não
podemos entender este “princípio”, como o início do mundo, porque não é dado a
nós saber sobre isto, até porque, aprendemos com a Doutrina Espírita que Deus é
eterno, isto é, não teve princípio nem terá fim. O “princípio” aqui, quer dizer
do nosso Orbe, e nele conforme mostra Emmanuel, Jesus estava no princípio com
Deus, e sem Ele, nada do que foi feito se fez.
Como
Governador Espiritual da Terra, Jesus diligencia recursos. Ainda antes da
fundação do mundo, trabalhou, por intermédio de seus cooperadores na intimidade
dos elementos químicos na estruturação geológica do globo; após a cessação das
convulsões que levaram à acomodação das energias encadeadas, atua com seus
prepostos no grande laboratório de experiências biológicas na fixação das
normas adequadas ao mundo que se delineava; supervisiona o trabalho laborioso
de ajustamento dos mamíferos superiores às linhas psíquicas e morfológicas do
homem na terra, agindo em implementos celulares de que redundou o aparecimento
de tipos diversos, catalogados hoje como parapitecos, propliopitecos, (...)
ascendentes da humanidade que hoje pisa orgulhosamente o solo do planeta.
Portanto,
Jesus é um dos agentes diretos de Deus. Esses Espíritos que se fizeram puros
são as inteligências que animam, santificam e presidem à formação dos
universos, das galáxias etc.
Os
grandes missionários ligados aos povos antigos e as diversas raças estiveram e
estão a serviço do Cristo, todos os profetas de que a Bíblia faz menção foram
médiuns predestinados a servirem ao pensamento Dele. É assim que os Provérbios,
os Salmos, o Pentateuco Mosaico, o Eclesiastes e também os livros de Confúcio,
o livro dos Vedas, as filosofias de Buda, Sócrates e outros são
incontestavelmente inspiradas pelo Divino Mestre.
E
tanto era Jesus quem dirigia os povos de todos os tempos, que Ele mesmo nos
disse:
“Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas
vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos
debaixo das asas, e tu não quiseste!”
(Mateus, 23: 37)
Livro: Apostila
do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade - Goiânia – GO –
1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
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