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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Oxalá é Jesus?



O CRISTO

O Cristo simboliza o ponto em que Deus e o Homem se tornam um só. É o símbolo da união divina. Neste ponto o homem está completamente livre da prisão da matéria e da roda das sucessivas reencarnações. Cristo e Buda possuem o mesmo significado filosófico. Sendo que um foi criado pelos extremos orientais hindus e o outro pelos místicos hebreus, que pregavam o Merkabah (carruagem) que era a carruagem que levava o homem ao encontro de Deus.

O Judaísmo sempre foi muito complexo e em sua sociedade existem várias escolas, pregando as mais diversas filosofias. Cada grupo influenciado por várias outras correntes da palestina: Mitraismo, Zoroastrismo, Osiris, Horus, Helenismo, Romanismo, Hinduismo, Gnostico, etc.... . Havia também os materialistas, os que pregavam a aplicação literal das escrituras. Entre estas escolas estão os Essênios, Fariseus e Saduceus. Cada grupo deste subdivido em vários outros subgrupos. Cada um pregando uma forma de conduta, da mais permissiva as mais revolucionarias.

Havia nas escrituras uma referencia a um Cristo, um Messias, pregado nas profecias de Daniel e de Isaias. Sobre a figura deste mítico Messias pairavam as mais diversas especulações, para uns seria um líder revolucionário que livraria os Judeus do jugo de seus inimigos Romanos e governaria o Reino de Israel de forma Justa. Para outros se tratava de um líder místico, o Buda Judaico. Provavelmente os Cristãos Primitivos nasceram desta idéia, de acordo com os Manuscritos de Quaram. Desta escola eram os Essênios e suas variantes:

Havia grupos que também acreditavam no meio termo: O Cristo Místico e o Messias Revolucionário, um rei-sacerdote, que livraria Israel de seus inimigos pela força. Indícios nos levam a crer que o Homem que ganhou o nome de Jesus, o filho do homem, de acordo com o profeta Daniel foi um líder místico de uma destas escolas e que desagradou às tendências judaicas mais permissivas e mancomunadas com os romanos, além do próprio governo romano.

Esse Homem (Jesus) é o Cristo por excelência para nós, pois é o Governador do Planeta Terra, o Logos Planetário, Espírito Puro, já chegado à condição crística, unindo-se ao Seu Deus e Criador e cooperando com Ele na obra da criação.

Tomé (o gêmeo) perguntou a Jesus como conhecer o caminho para também ser uno com Deus, ele respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem (verbo indicando que ele já está ao lado do Pai) ao Pai a não ser por mim. Isso quer dizer que o comportamento justo, digno, humanitário e social é o caminho da união com Deus. Esse mesmo caminho que tantas filosofias religiosas sérias pregam. Como a Umbanda, o Budismo, Hinduísmo, etc... Não é a religião que leva ao Pai e sim o comportamento, a postura humana que eleva o ser humano.

Na Umbanda, a figura do Cristo místico, uno com o Pai, com toda sua bagagem filosófica cristã é base essencial de sua Doutrina. Jesus é, para o Umbandista, o Filho de Deus que como Governador, Cristo Planetário da Terra, derrama de Suas mãos amorosas as 07 Vibrações Sagradas e Divinas, com suas regências e hierarquias, sobre o Planeta Terra. Ele, o Senhor Jesus Cristo, reflete diretamente sua Luz sobre a Vibração de Oxalá, que irradia a Fé e a Religiosidade no nosso Planeta. Não se deve confundir Oxalá, regente da Vibração da Fé e da Religiosidade, com Jesus, o Cristo Senhor, Divino Senhor da Luz, que muitas vezes, erroneamente, também é chamado de Oxalá.

Oxalá é o Orixá do ar e está presente em toda parte. A condição humana a que Oxalá está ligado é a sabedoria, a paciência, a paternidade. O nome Oxalá significa literalmente Senhor do Branco. Jesus e Oxalá não são a mesma Entidade. Enquanto um é a irradiação da Fé para o Planeta Terra, Jesus é o Cristo Cósmico, o Verbo de Deus, Governador do Planeta e Logos Planetário da Terra. Ele, abaixo de Deus, é o Senhor Absoluto do nosso Planeta e de todos os espíritos encarnados e desencarnados aqui existentes, conduzindo-os pelos patamares da evolução.

Sua encarnação na Terra como Jesus de Nazaré visou precisamente nos ajudar na subida dessa íngreme escada evolutiva em direção da felicidade suprema em Deus. Por isso o nosso Cristo, em Jesus de Nazaré, tornou-se nosso Mestre Divino.

A importância da filosofia cristã para a Umbanda é fundamental e está na base de suas raízes, pois nos leva ao amor e respeito a Deus, à natureza e ao semelhante, bem como a ajuda ao próximo. São atributos essenciais para o bem viver social. Isso é o que permite que, apesar da imensa variedade de vivências e formas de entender e trabalhar na Umbanda, nenhuma delas perde o essencial, que une todas em torno da sua finalidade, que é a sua essência: Caridade, equilíbrio, fraternidade e paz da religião.

Na Umbanda, religião espiritualista cristã, Jesus é o Mestre espiritual, nosso modelo de espírito consciente de suas responsabilidades e deveres para com o bem comum. É o símbolo vivo, dinâmico, da espiritualidade, e sua presença na Umbanda é vital para conhecermos o caminho, a verdade e a vida, através de sua filosofia deixada e encontrada facilmente nos Evangelhos. A Umbanda não é Catolicismo, mas é Cristã, já que a figura de Cristo é essencial aos nossos ideais espirituais de trabalho.

Jesus é o Mestre umbandista que está sempre no alto do Congá, olhando nossos trabalhos, nos ajudando e se deixando ver, para que saibamos que não estamos sozinhos e desassistidos da ajuda divina.

Salve Oxalá,

Abençoe-nos,

Jesus Cristo.

Saravá Umbanda.







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“Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.”

Albert Einstein.

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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