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Meus Irmãos

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quem és, Exu?

Quem és, oh Elegbara!? Que com teu falo em riste deixava estupefatos os zelosos sacerdotes do clero católico.Só pode ser o demônio infiltrado nestas tribos primitivas que habitam o solo árido da África, gritavam os inquisidores preocupados. Negros sem alma, que só pensam em se reproduzir, em ofertar para a fertilidade da lavoura, levem-nos para o Brasil e vendam-nos como escravos que lá aprenderão as verdades dos céus. Cá chegando, quem és, Exú, “orixá” amaldiçoado pela dualidade judaico-católica, que não pôde ser sincretizado com os “santos” santificados pelos papas infalíveis…

Quem és, Exú, que os homens da Terra determinam que não é santo e por isto é venerado escondido no escuro das senzalas e seus assentamentos ficam enterrados em locais secretos?

Quem és, Exú, que o vento da liberdade que aboliu a escravidão “enxotou” para as periferias da capital de antanho?

Quem és, Exú, que o inconsciente do imaginário popular vestiu com capa vermelha, tridente, pé de bode, sorridente entre labaredas, que por alguns vinténs, farofa, galo preto, charuto e cachaça, atende os pedidos dos fidalgos da zona central que vêm até o morro em busca dos milagres que os santos não conseguem realizar?

Quem és, Exú, que continua sendo “despachado” para não incomodar o culto aos “orixás”? Exú, é entidade? Então não entra dizem os ortodoxos que preconizam a pureza das nações. Aqui não tem lugar para egum…espírito de morto… Exú, fique na tronqueira. Médiuns umbandistas pensem nos caboclos e pretos velhos, não recebam estes Exús, admoestam certos iniciados chefes de terreiro. Eles são perigosos para os iniciantes. Sim, estes iniciantes e iniciados que pelo desdobramento natural do espírito durante o sono físico vão direto para os braços do seu quiumba – obsessor- de fé, e saem de mãos dadas para os antros de sexo, drogas, jogatinas e outras coisitas prazerosas do umbral mais inferior. Noutro dia, sonolentos e cansados do festim sensório, imputam a ressaca ao temível Exú. Oh!

Quantas ilusões!!!!!! Afinal, que és tu, Exú? Por que sois tão controverso? Eu mesmo vos respondo…

Iah, ah, ah, ah….

Não sou a luz…Pois a luz cristalina, refulgente, só a de Zambi, Olurum, Incriado, Deus, seja lá que nome vocês dão…Não sou a luz…Logo sou espírito em evolução. Esta não é uma peculiaridade nossa, só dos Exús, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Afirmo que não existe espírito evoluído, como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus. Assim, perante os “olhos” de Olurum, sou igual aos pretos velhos, caboclos, baianos, boiadeiros, ciganos, orientais… As distinções preconceituosas ficam por conta de vocês.Não sou a luz, mas tenho minha própria luminosidade, qual labareda de uma chama maior, assim como todos vós. Basta tirar as nódoas escuras do candeeiro que vos nublam o discernimento que podereis enxerga-la, lá dentro de vós, o que chameis de espírito. Há algo que me distingue dos demais espíritos. É o fato de eu não estar na luz. Meu habitat é a escuridão. Os locais trevosos onde há sofrimento, escravidão, dominação coletiva, magismo negativo, castelos de poder alimentados pelo mediunismo na Terra que busca a satisfação imediata dos homens, doa a quem doer. O que eu faço lá?

Eu, um Exú, entre tantos outros, levo a luz às trevas, qual cavaleiro com estandarte em punho. Dentro da lei universal de equilíbrio, eu abro e fecho, subo e desço, atuo na horizontal e na vertical, no leste o no oeste, atrás e na frente, encima e embaixo, impondo sempre o equilíbrio às criaturas humanizadas neste planeta, encarnados e desencarnados aos milhões.

O Cosmo é movimento, nada está parado, nada é estático. Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar, mas eu as faço movimentar-se…Não sou as estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento faz a sua luz chegar até as retinas…Não sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas moléculas e partículas atômicas são mantidas em coesão e movimentadas pela minha força…. Iah, ah, ah…Este equilíbrio não se prende as vontades humanas e aos vossos julgamentos de pecado, certo ou errado, moral ou imoral. Eu atuo no contínuo temporal do espírito e naquilo que é necessário para a evolução. Se tiver programado nesta encarnação serdes ricos, o será com axé de Exú. Se for o contrário, se em vida passada abusou da riqueza, explorou mão de obra, matou mineiros e estivadores de canaviais, e é para o equilíbrio de vosso espírito serdes mendigo, nascerás em favela sentindo nas entranhas o efeito de retorno, com axé de vosso Exú que vos ama, assim como um elástico que é puxado esticando e depois volta à posição de repouso inicial, estarei atuando para que seja cumprida a Lei de Harmonia Universal, mesmo que “julgueis” isto uma crueldade.

Eu, Exú, vos compreendo.
Vós ainda não me compreendeis.
Eu sou livre, livre e feliz.
Vós sois preso, preso e infeliz no ciclo das reencarnações sucessivas.
Eu dou risada.
Iah, ah, ah, ah !!!!
Sabe por quê? Porque eu sei que no dia que o Sol não mais existir, vosso planeta for mais um amontoado de rocha inerte vagando no cosmo, estaremos vivos, vivos, muito vivos, evoluindo, evoluindo, sempre evoluindo. Assim como vim para a Terra como caravaneiro da Divina Luz há milhares de anos atrás, assim iremos todos para outro orbe quando este planeta “morrer”.

Quando este dia chegar, vós estareis um pouco menos iludidos com as pueris verdades emanadas dos homens e seus frágeis julgamentos religiosos. Eu, Exú, vou trabalhar arduamente para quando este dia chegar, vós estejais menos iludidos e quem sabe livre da prisão do escafandro de carne, assim como eu sou livre, livre, livre e feliz.

Iah, ah, ah, ah, ah.

Obs: O Exú que ditou esta mensagem é mais um dentre tantos que se denominam PINGA FOGO e labutam em prol da Divina Luz, nossa amada Umbanda. Quanto a quem recebeu a mensagem, isto é só mais uma ilusão.


Laroyê, Exu. Exu é Mojubá. Salve os Exus!



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“Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.”

Albert Einstein.

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