Não tratemos apenas
os sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também
extinta. A cura real somente acontece do interior para o exterior, do cerne
para a forma transitória.
Sim, diga a seu
médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é de tristeza, é
dor de angústia.
Conte a seu médico
que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta
a produção de ácidos no estômago.
Relate que você tem
diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando
mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas
frustrações.
Mencione que sofre de
enxaqueca, todavia, confesse que padece com seu perfeccionismo, com a
autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se
curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia,
O veneno da inveja,
O bacilo do
pessimismo
E o câncer do
egoísmo.
Não queremos mudar de
vida. Procuramos a cura de um câncer, mas nos recusamos a abrir mão de uma
simples mágoa.
Pretendemos a
desobstrução das artérias coronárias, mas queremos continuar com o peito
fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejamos a cura de
problemas oculares, todavia não retiramos dos olhos a venda do criticismo e da
maledicência.
Pedimos a solução
para a depressão, entretanto, não abrimos mão do orgulho ferido e do forte
sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.
Suplicamos auxílio
para os problemas da tireoide, mas não cuidamos de nossas frustrações e
ressentimentos, não levantamos a voz para expressarmos nossas legítimas necessidades.
Imploramos a cura de
um nódulo de mama, todavia, insistimos em manter bloqueada a ternura e a
afetividade por conta das feridas emocionais do passado.
Clamamos pela
intercessão divina, porém, permanecemos surdos aos gritos de socorro que partem
de pessoas muito próximas de nós mesmos.
Deus nos fala através
de mil modos.
A enfermidade é um
deles e, por certo, o principal recado que nos chega da sabedoria divina é que
está faltando mais amor e harmonia em nossa vida.
Toda cura sempre é
uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia onde encontraremos os remédios
que nos curam por dentro.
Há dois mil anos
esses remédios estão à nossa disposição.
Quando nos
decidiremos?
Livro:
O médico Jesus
De
José Carlos de Lucca
Nenhum comentário:
Postar um comentário