Apesar de
muitos não acreditarem na interferência dos Espíritos sobre os “vivos”, ao
procurar-se um aprofundamento do estudo, ver-se-á ser isso um fato
incontestável.
Constantemente
sofre-se influência e influencia-se os outros, seja quando da emissão de uma
opinião, da exemplificação em ações ou na vivência de experiências. Essa
influência ocorre com muito mais intensidade entre a dimensão espiritual e a
material.
O pensamento
ou fluxo energético do campo espiritual gradua-se nos mais diversos tipos de
ondas, desde os raios supra-ultra-curtos, em que se exprimem as regiões
angélicas, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se
exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentadas dos animais.
Acerca dessa
matéria, André Luiz (1) assim apregoa: “Sempre que pensamos, expressando o
campo íntimo na ideação e na palavra, na atitude e no exemplo, criamos
formas-pensamentos ou imagens-moldes que arrojamos para fora de nós, pela
atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença”. Esses quadros mentais
angariam a atenção das inteligências desencarnadas que com ela se afinam,
potencializando as tendências e inclinações que o sujeito possui.
Na vida
diária estamos sintonizados na freqüência vibratória que externamos pelo
pensamento, ações e intenções. Por exemplo: quando a pessoa, em um grupo de
discussão sobre a violência, exalta-se na defesa da pena de morte, na punição
intransigente dos criminosos, do livre uso das armas, está agindo, sem
perceber, como médium involuntário de Espíritos encarnados e desencarnados que
procuram instigar a violência e o mal entre os homens. Ao mesmo tempo, está
influenciando tenazmente a mente dos outros para que concordem com seu ponto de
vista pernicioso. Consciente, ou inconscientemente, está contribuindo para o
agravamento da barbárie na sociedade. Se não perceber e podar essas idéias,
estará entrando em um círculo vicioso em que violência gera mais violência.
Para
conquistarmos as boas companhias espirituais é evidente a necessidade de um
auto-policiamento em todos os interesses de nossa vida mental. A escolha de
nossos objetivos, o alvo de nossa atenção se converte em fator indutivo,
compelindo-nos a emitir valores do pensamento contínuo na direção desejada.
O ser
humano, ainda que do ponto de vista físico se encontre em regime de prisão
absoluta, no campo do pensamento é livre para eleger o bem ou o mal para as
rotas do Espírito.
Estando a
vida espiritual e mental imersa em um oceano de correntes mentais, torna-se
imprescindível saber procurar a companhia de Espíritos nobres, capazes de
auxiliar na sustentação do bem, que eleva à vida superior. Para tornar-se
médium involuntário do bem, a propósito de todos serem médiuns, a conversação
saudável, a leitura edificante, a música suave, a observação de um belo quadro
da natureza, a prática do bem, a oração sincera representam agentes de
persuasão que auxiliam na modificação do campo mental, elevando a faixa
vibratória e nobilitando as companhias espirituais.
Quanto mais
vontade se coloca nesses ideais, mais amplos se tornam os resultados positivos
conquistados.
(1) XAVIER, Francisco C., VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. Pelo
Espírito André Luiz. 23 ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira,
2004. p.92.
Por Luis Roberto School
Por Luis Roberto School
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