Lázaro
de Betânia é um personagem bíblico descrito no Evangelho
segundo João como um amigo que Jesus teria ressuscitado, irmão de Marta e de Maria.
Seu nome provavelmente do grego corresponde ao hebraico Eleazar (אלעזר), e significa
literalmente "Deus ajudou".
De acordo com
tradição católica, o Lázaro ressuscitado teria se dirigido a Provença depois da
morte de Jesus em companhia de suas irmãs e de outras pessoas. Ele também teria
sido o primeiro bispo de Marselha. Na Idade Média tornou-se o padroeiro dos leprosos pela associação
errada feita com seu homônimo, Lázaro (mendigo e leproso), narrado na parábola
mencionada por Lucas - Parábola do Lázaro e do Rico.
Sua
Ressurreição
Segundo os Evangelhos,
Lázaro teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres mais
impressionantes de Jesus Cristo, depois de estar morto por quatro dias. Lázaro
adoeceu gravemente e duas de suas irmãs Marta e Maria enviaram com urgência um
mensageiro ao encontro de Jesus com a seguinte mensagem: "Aquele a quem
Você ama, está doente". Ou seja, estamos seguros de que virá, e se vier,
livra-lo-á da morte. Aos seus discípulos, Jesus diz que Lázaro dorme o que
indica que ele talvez não estivesse realmente morto, mas participando de algum
tipo de Iniciação, e seria acordado. Mas o próprio Jesus diz que ele estava
morto (ver João 11.14). Foi apenas no quarto dia após a sua morte, que chega a Betânia.
Maria fica em sua
casa e Marta sai ao encontro de Jesus em meio de lágrimas lhe dizendo:
"Oh, Senhor se tivesse estado aqui não haveria morrido meu irmão".
Jesus responde: "Eu sou a ressurreição e a Vida. Os que acreditam em Mim,
não morrerão para sempre". Posteriormente Marta diz a Maria: "O
Mestre chegou e te chama". Maria levantou-se depressa e foi ao encontro de
Jesus que, ao vê-la chorar, comoveu-se e também chorou. Os judeus que estavam
ali em grande número, exclamaram: "Olhem quanto o amava!" Jesus
disse: Lázaro, eu te mando, saia! E Lázaro se levantou. Depois de quatro dias
morto, foi ressuscitado milagrosamente e visto pela multidão que contemplou o
fato.
Fonte: Wikipédia
Na Umbanda São Lázaro é Obaluaê
Orixá da
transição para a vida astral. Orixá de transformação energética. Senhor dos
segredos da vida e da morte. Mestre das Almas. Atua no condicionamento físico e
espiritual, na cura das doenças do corpo e da alma.
Sincretismo:
São Lázaro e São Roque
Dia
de comemoração: 13 de Maio (Preto Velho), 13 de Agosto, 16 de
Agosto e 17 de Dezembro.
Saudação:
Atotô Obaluayê! (ou Atotô Abaluaiê!)
Obalúayé;
"Rei dono da Terra", Omolu "Filho do Senhor", Xapanã
"Dono da Terra" são os nomes dados a esse Orixá de Umbanda. É ligado
ao mundo dos mortos. A este Orixá fazemos os pedidos para problemas de Saúde e
cortes de magia.
O
guardião dos espíritos torna as pessoas intuitivas e carismáticas. Ajuda no
amor e família.
Simbologia
Omolu
é representado pelo Sàsàrà ou Xaxará (feixe de palha da costa e búzios)
Elemento:
terra
Astro
regente: Saturno
Dia
da semana: segunda-feira
Bebida:
Água de arroz
Cores:
Preto, branco e vermelho que simbolizam mistérios e sobriedade, e atraem
respeito
Flores:
Qualquer flor de cor branca
Ervas:
Canela de velho, jurubeba, erva de bicho, picão
Metal:
Chumbo
Pedras:
Ônix e demais pedras negras
Pontos
de Força: Praias, cemitérios e grutas
Características
do Orixá: Omolu é sábio e destemido. Usa o fìlà (cobertura de palha da costa).
Seu
número é o 13
Saudação:
"Atôtô!" (Silêncio! Respeito!)
Banho
para ajudar na cura de doenças: Macere em um balde com 5 litros d'água
cana-do-brejo, saião e raiz santa. Tome este banho da cabeça aos pés e vista-se
de branco. Despache as numa grama.
Falando
Sobre Omolú e Obaluaê...
Para
a maior parte dos devotos da Umbanda, os nomes são praticamente
intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma
mesma divindade. Já para alguns Sacerdotes, porém, há de se manter certa
distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do
mesmo Orixá.
São
também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê
Em
termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é
sua forma velha. Como, porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como
na Umbanda, não devendo ser mencionado, pois pode atrair a doença
inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo
confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência
genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básica
de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais
velha.
A
figura de Omolu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de
mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o
controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da
essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de
possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Pierre
Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem
satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir
situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de
certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem
capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus
próprios interesses e necessidades vitais.
No
Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A
marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o
convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que
tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas
psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas
reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus
filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os
prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida,
mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da
doença, já em si uma punição.
Em
outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá, menos negativista,
pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem
perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando
um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender
socialmente.
Mesmo
assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão
visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e
sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam
naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel
mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo
com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de
todos.
Assim
como Ossâim, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um
grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento
seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento
superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. Não raro
são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando,
motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara
de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo
aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas.
Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o
que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Um
último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, é apresentado como
uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um
defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida,
por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de
quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.
Orações ao Senhor Obaluaê
- Omolú
Proteja-me, Pai,
Atotô Obaluaê!
Oh, Mestre da Vida,
Proteja seus filhos
para que suas vidas sejam marcadas pela saúde.
Vós é o limitador das
enfermidades.
Vós é médico dos
corpos terrenos e almas eternas.
Suplicamos sua
misericórdia aos males que nos afetam!
Que suas chagas
abriguem nossas dores e sofrimentos.
Concede-nos corpos
sadios e almas serenas.
Mestre da Cura,
amenize nossos sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!
Atotô meu Pai Obaluaê!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Dominador das
epidemias.
De todas as doenças e
da peste.
Omulu, Senhor da
Terra.
Obaluaê, meu Pai
Eterno.
Dai-nos saúde para a
nossa mente, dai-nos saúde para nosso corpo.
Reforçai e revigorai
nossos espíritos para que possamos enfrentar todos os males e infortúnios da
matéria.
Atotô meu Obaluaê!
Atotô meu Velho Pai!
Atotô Rei da Terra!
Atotô Babá!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Mestre das almas!
Meu corpo está
enfermo…
Minha alma está
abalada,
Minha alma está
imersa na amargura de um sofrimento
Que me destrói
lentamente.
Senhor Omolu!
Eu evoco - Obaluaiê
Oh!
Deus das doenças
Orixá que surge,
diante dos meus olhos
Na figura sofredora
de Lázaro.
Aquele que teve a
graça de um milagre
No gesto do Divino
Filho de Jesus.
Oh!
Mestre dos mestres
Obaluaiê
Teu filho está
enfermo…
Teu filho se curva,
diante da tua aura luminosa.
Na magia do milagre,
Que virá de tuas mãos
santificadas pelo sofrimento…
Socorre-me…
Obaluaiê…
Dai-me a esperança da
tua ajuda.
Para que me encoraje
diante do martírio imenso que me alucina,
Faças com que eu não
sofra tanto - Meu Pai
Senhor Omolu!
Tu és dono dos
cemitérios,
Tu que és sentinela
do sono eterno,
Daqueles que foram
seduzidos ao teu reino.
Tu que és guardião
das almas. Que ainda não se libertou da matéria,
Ouve a minha súplica,
atende ao apelo angustioso do teu filho.
Que se debate no
maior dos sofrimentos.
Salve-me - Irmão
Lázaro.
Aqui estou diante da
tua imagem sofredora,
Erguendo a derradeira
prece dos vencidos,
Conformado com o
destino que o Pai Supremo determinou.
Para que eu
suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.
Salve minha alma
desse tormento que me alucina.
Tome meu corpo em
teus braços.
Eleva-me para teu
reino.
Se achares, porém,
que ainda não terminou minha missão neste planeta,
Encoraja-me com
exemplo da tua humildade e da tua resignação.
Alivia meus
sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar.
Eu te suplico,
mestre!
Eu me ajoelho diante
do poder imenso,
De que és portador.
Invoco a vibração do
Obaluaiê.
A - TÔ - TÔ, Meu Pai.
Obaluaiê, Meu Senhor,
ajude-me!
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Salve o Senhor o Rei
da Terra!
Médico da Umbanda,
Senhor da Cura de todos os males do corpo e da alma.
Pai da riqueza e da
bem-aventurança.
Em ti deposito minhas
dores e amarguras, rogando-te as bênçãos de saúde, paz e prosperidade.
Faz-me, Senhor do
trabalho; um filho de bom ânimo e disposição, para triunfar na luta pela
sobrevivência.
Faz-me digno de
merecer todo dia e toda noite, vossas bênçãos de luz e misericórdia.
ATOTÔ OBALUAUÊ!
Fonte/Referências:
Casa Espirita Xango Airá - http://cexapublicacoes.blogspot.com/
-
Coluna de Pai Paulo no Jornal Extra (Rio de
Janeiro): http://extra.globo.com/ - http://www.pallaseditora.com.br/
http://povodearuanda.wordpress.com/
Candomblé - Religião do Corpo e da Alma por
Carlos Eugênio Marcondes de Moura.
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