Pergunta: - Qual é a diferença que existe entre o conceito de "amor
crístico" e "amor cristão"? Ambos não definem a mesma coisa?
Ramatís: - "Crístico" é um termo sideral, sinônimo
de Amor Universal, sem quaisquer peias religiosas, doutrinárias, sociais,
convencionais ou racistas! É o Amor Divino e ilimitado de Deus, que transborda
incessantemente através dos homens independente de quaisquer interesses e
convicções pessoais! "Cristão", no entanto, é vocábulo consagrado na
superfície do orbe e que define particularmente o homem seguidor de Jesus de Nazaré,
isto é, adepto exclusivo do Cristianismo! Os cristãos são homens que seguem os
preceitos e os ensinamentos de Jesus de Nazaré; mas os "crísticos"
são as almas universalistas e já integradas no metabolismo do Amor Divino, que
é absolutamente isento de preconceitos e convenções religiosas. Para os
crísticos não existem barreiras religiosas, limites racistas ou separatividades
doutrinárias, porém, flui-lhes um Amor constante e incondicional sob qualquer
condição humana e diante de qualquer criatura sadia ou delinqüente! Em sua alma
vibra tão-somente o desejo ardente de "servir" sem qualquer
julgamento ou gratidão alheia!
O crístico é
um homem cujo dom excepcional de empatia o faz sentir em si mesmo a ventura e o
ideal do próximo! O homem cristão, no entanto, pode ser católico, protestante,
espírita, rosacruciano, teosofista, umbandista ou esoterista, mas só o crístico
é capaz de diluir-se na efusão ilimitada do Amor, sem preferência religiosa ou
particularização doutrinária! Para ele, as igrejas, os templos, as sinagogas,
as mesquitas, as lojas, os "tatwas", os centros espíritas, os
terreiros de Umbanda ou círculos iniciáticos são apenas símbolos de um esforço
louvável gerados por simpatias, gostos e entendimentos pessoais na direção do
mesmo objetivo - Deus!
O prefixo ou
vibração "Cris" subentende incondicionalmente, na tradicional
terminologia sideral, a existência do "amor ilimitado", que Jesus de
Nazaré, o médium sublime do Cristo Planetário da Terra, o revelou nas fórmulas
iniciáticas do Evangelho da humanidade terrícola! Cada orbe ou planeta possui o
seu Cristo planetário, que é a fonte do Amor Ilimitado, a vitalidade, o
sustento das almas encarnadas ou desencarnadas num determinado ciclo de
evolução e angelitude!
Enquanto
Jesus era um crístico, os homens que o seguem se dizem "cristãos"!
Então, eles se distinguem dos "não religiosos", assim como fazem
restrições às demais organizações religiosas, eliminando o sentido
universalista do próprio ensino do Mestre Nazareno! Daí, as tendências
separativistas entre os próprios cristãos, que se distinguem como católicos,
protestantes, espíritas, umbandistas, budistas, taoístas, judeus, hinduístas e
islamitas. No entanto, para os "crísticos", Maomé, Buda, Crishna,
Confúcio, Zoroastro, Fo-Ri, Hermes, Orfeu, Kardec e o próprio Jesus, são apenas
fontes estimulantes do Amor incondicional latente em todos os prolongamentos
vivos do "Cristo-Espírito"!
Assim, como
o cristão só admite o Cristianismo ou o Evangelho de Jesus, o crístico vibra
sob o Amor latente em todos os códigos espirituais divulgados pelos demais
instrutores de Cristo, seja o "Bhagavad-Gita" dos hindus, o
"Ching Chang Ching" ou "Clássico da Pureza" dos chineses, o
"Thorah" dos judeus, o "Livro dos Mortos" dos egípcios, a
teologia de Orfeu dos gregos, a Yasna de Zoroastro ou o "Al-Koran"
dos adeptos de Maomé. O homem crístico não se vincula com exclusividade a
qualquer religião ou doutrina espiritualista; ele vibra com todos os homens nos
seus movimentos de ascese espiritual, pois é o adepto incondicional de uma só
doutrina ou religião - o Amor Universal! Ele vive descondicionado em qualquer
latitude geográfica, sem algemar-se aos preceitos religiosos particularistas,
na mais pura efusão amorosa a todos os seres! É avesso aos rótulos religiosos
do mundo, alérgico às determinações separativistas e para ele só existe uma
religião latente na alma o Amor!
Fonte: A Vida Humana e o Espírito Imortal
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