Tradicionalmente
todos os povos ou raças invocavam ou invocam suas divindades, seus
"deuses", suas forças ou suas Entidades espirituais através muito
mais da palavra cantada do que da falada.
A
palavra pode movimentar poderosas forças sutis da natureza pela magia de suas
vibrações dentro de certas variações do modo de cantar. Assim, é que
determinadas palavras, através de um hino, mantra, cântico ou ponto, tem uma
poderosa força invocatória, podendo provocar fenômenos. Também é sabido que
quando entram no aspecto cantando, esse poder duplica, porque podem emitir
maiores vibrações na tônica mística, religiosa e especialmente na magia.
Os
pontos têm uma seqüência lógica dentro de cada trabalho e na parte
ritualística. Em nossa Casa temos um caminho que aproximadamente é o seguinte:
1.
Ponto de abertura dos trabalhos
2.
Pontos de defumação
3.
Pontos de saudação às sete linhas de apresentação das Entidades da Umbanda
4.
Ponto do Responsável espiritual pela Casa
5.
Ponto do Encarregado pela condução dos trabalhos
6.
Pontos para cada uma das entidades que se apresentam
7.
Ponto de encerramento dos trabalhos
Quando
durante um trabalho o "Ogahm" (o encarnado que "puxa" os
pontos que serão cantados) recebe um pedido de uma das Entidades que está no
"Reino" para cantar um determinado ponto, geralmente é atendido
prontamente, pois conforme temos presenciado em diversos casos somente os
pontos cantados conseguem "levantar" o astral dos membros do grupo
para que a gira não sofra solução de continuidade, predispondo todos os membros
a uma concentração maior e deixando a corrente formada pelos mesmos com uma
força de coesão parecida com a do começo do trabalho que é sempre maior em
função do próprio cansaço e desconcentração do corpo mediúnico.
Fonte: Umbanda do Brasil (W. W.
da Matta e Silva)
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