Um crente
sincero na bondade de Deus, desejando aprender como colaborar na construção do
reino de Deus, certo dia pediu ao Senhor a permissão para compreender os propósitos
divinos e saiu a campo.
De início,
encontrou-se com o vento que cantava e o vento lhe disse: Deus mandou que eu
ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar,
embalando os doentes e as criancinhas.
Em seguida,
o devoto surpreendeu uma flor que inundava o ar de perfume, e a flor lhe
contou: minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que
perfuma até mesmo os lugares mais impuros.
Logo após, o
homem parou ao pé de grande árvore que protegia um poço de água, cheio de rãs,
e a árvore lhe contou: confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem;
contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.
O visitante
olhou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a árvore continuou:
estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por
elas, na defesa de minhas próprias raízes contra os vermes da destruição e da
morte.
O aprendiz
compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, chegando numa grande cerâmica.
Acariciou o
barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse: meu trabalho é o de garantir
o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem,
dando forma a tijolos, telhas e vasos.
Então, o
devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do reino de
Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar cada dia algo a mais.
Temos que
convir que, se cada um fizesse somente a sua obrigação, a humanidade não teria
saído das cavernas.
O progresso
só se realiza porque há pessoas que fazem algo mais que sua obrigação pura e
simples.
O esforço
que cada criatura faz em prol do bem comum, é o que propicia a realização das conquistas
maiores.
Se os homens
de gênio tivessem apenas cumprido seu tempo justo de trabalho, não
desfrutaríamos hoje das grandes descobertas.
Se Pasteur,
Tomas Edison, Pierre e Marie Curie, Grahan Bell, e outros tantos cientistas não
tivessem feito algo mais que a sua obrigação, a humanidade não teria atingido
tamanho progresso.
Nós, por
nossa vez, também podemos e devemos fazer algo a mais para conquistar uma
sociedade justa e feliz.
Além das
oito horas diárias de trabalho, podemos dedicar alguns minutos para tirar
alguém do analfabetismo.
Para ensinar
um serviçal a utilizar corretamente os produtos e equipamentos de trabalho.
Para
socorrer um ancião desvalido, uma criança desamparada, um animal ferido, um
enfermo sem esperanças.
Aprendamos,
com o devoto da fábula, que para a construção de um reino feliz, Deus espera
que cada um de nós façamos algo a mais.
Redação do Momento Espírita com base no cap.15, do
livro
Antologia da criança, pelo Espírito Meimei, psicografado
por Francisco Cândido Xavier, ed.Ideal.
Em 25.05.2009.
Antologia da criança, pelo Espírito Meimei, psicografado
por Francisco Cândido Xavier, ed.Ideal.
Em 25.05.2009.
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