O ritual de Umbanda não aconteceu por acaso; foi pensado e idealizado no astral, antes de sua concretização no plano material. Os Senhores da Luz, os Orixás, projetaram e estruturaram uma nova religião, uma corrente astral aberta a todos os espíritos que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que freasse o radicalismo religioso existente. Uma religião de massa, para acolher os milhões de espíritos que reencarnariam em solo brasileiro, no início do séc. XX, e que já haviam encarnado aqui ou em outras terras, com diversas religiões magísticas e naturais.
Durante sua fundação e concretização, a Umbanda
Sagrada mostrou-se uma via evolutiva tão atraente que uma quantidade enorme de
espíritos afluíram para ela e foi preciso criar linhas ou correntes de trabalho
para acomodá-los. Esses espíritos provinham de diferentes religiões, das quais
ainda traziam latentes as suas últimas formações religiosas. Assim
como os Orixás se assentam nas Sete Grandes Linhas ou
irradiações divinas, também as demais entidades - guias, protetores, mentores -
atuam por meio das mesmas, em suas linhas ou correntes de trabalho. Esses
espíritos iluminados que se manifestam na Umbanda alcançaram seus graus em
outras religiões, mas se apresentam como Caboclos, Pretos-Velhos, Marinheiros
etc., na irradiação de um ou mais Orixás. Nas Sete Grandes Linhas atuam os
Orixás, que são divindades. Nas Legiões e Falanges das Linhas de Ação e
Trabalho, atuam espíritos de Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Marinheiros,
Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Exus, Pombojiras e outros.
São linhas de ação nas esferas espirituais e de
trabalhos no plano material. Nas legiões e falanges dos Caboclos e dos Pretos Velhos,
por exemplo, sob suas formas plasmadas, estão ocultos grandes sacerdotes,
filósofos, professores e sábios dos mais diferentes rituais, desencarnados há
muitos séculos.
Por
Mãe Lurdes de Campos Vieira
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