Quanto mais avança o Tempo nas trilhas da História, apartando-se-lhe
da figura sublime, mais amplo esplendor lhe assinala a presença.
Ele não era legislador e a sua palavra colocou os
princípios da Misericórdia nos braços da Justiça.
Não era administrador e instituiu na Caridade o
campo da assistência fraternal em que os mais favorecidos podem amparar os
irmãos em penúria.
Não era escritor e inspirou e ainda inspira as mais
belas páginas da Humanidade.
Não era advogado e ainda hoje, é o defensor de todos
os infelizes.
Não era engenheiro e continua edificando as mais
sólidas pontes, destinadas à aproximação e ao relacionamento entre as
criaturas.
Não era médico e prossegue sanando os males do
espírito, além de suscitar o levantamento constante de mais hospitais e mais
extensas obras de benemerência, capazes de estender alívio e socorro aos
doentes.
Ensinou a prática do amor, renunciando à felicidade
de ser amado.
Pregou a extinção do ódio, desculpando sem condições
a todos aqueles que lhe ultrajaram a existência.
Não dispunha dessa ou daquela posse, na ordem
material dos homens, e enriqueceu a Terra de esperança e de alegria.
Não viajou pelos continentes do Planeta, mas
conversando com alguns necessitados e desvalidos, na limitada região em que
morava, elevando constantemente os destinos da vida comunitária.
Embora crucificado e tido por malfeitor, há quase
vinte séculos, quando os povos tentam apagar-lhe os ensinamentos, a Civilização
treme nas bases.
Esse homem que conservava consigo a sabedoria e a
beleza dos anjos, tem o nome de Jesus Cristo.
O seu imenso amor é a presença de Deus na Terra e a
sua vida é e será sempre a luz das nações.
Emmanuel
In: ‘Esperança e Luz’ - Francisco Cândido Xavier
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