Depois de desmembrar um pouco da minha teoria sobre os orixás, e de ter realizado uma pequena introdução naquilo que chamam de castigo, tentarei elucidar um pouco mais do conceito que eu tenho através da minha convivência em pouco tempo dentro da religião.
Eu sou um adepto à “Lei da Causa e Efeito”, ainda assim, prefiro me relacionar a isso com o Digníssimo Tranca-Ruas das Almas, “Toda escolha, tem a sua conseqüência, você é ou tem de acordo com suas próprias opções do passado que resultaram no seu presente e influenciarão também no seu futuro”.
Com isso, além de afirmar o fato da Justiça de Deus, porque se Deus é justo, consequentemente cada um tem o que merece.
Agora dirigindo-me ao escopo da conversa, normalmente costumo “fugir” um pouco do escopo, mas ainda estou aprendendo a fazer redações (risos), a grande pergunta que me fazem é se o Orixá pune.
Partindo do princípio antropomorfista, explanado na primeira parte desse post, é muito fácil dizermos que sim, porque o orixá também é passível de paixões, logo, a sua fúria recai sobre seu filho, mas partindo de um princípio que o orixá é uma vibração, um impulso magnético relacionado à Força Criadora, fica um pouco mais complicado realizar essa explicação, mas tentarei:
Todo orixá tem o seu pólo positivo e negativo, partindo do princípio que é uma energia, então sabemos, por exemplo, que Ogum é aquele que nos impulsiona às batalhas, à guerra, dos dá ânimo para transpor obstáculos, quando essa energia de Ogum está em seu pólo negativo, compreende-se que a pessoa sob influência dessa energia fará tudo o contrário, será um covarde, um preguiçoso, entre outros adjetivos pejorativos.
Muito se fala, por exemplo, quando uma filha de Oxum não está bem no amor, é castigo do orixá ou que sua Oxum não está “positivada”. A afirmação sobre castigo pra mim é totalmente dubitável, agora a afirmação sobre a Oxum estar “positivada” tem aí uma dose de verdade.
O que ocorre é que aquela vibração, aquele energia de Oxum, por algum desvio de percurso, problema ou formas-pensamento problemáticas, vai “desgastando” essa energia fazendo com que o pólo negativo predomine, sendo assim, o mensageiro do Orixá, que para mim é o Exú, tem que advertir ao seu filho de alguma forma para que ele vá procurar um meio de “positivar” essa energia, é onde ocorrem as “cobranças” do orixá, o exu sendo o pólo negativo dessa vibração, vai justamente “cobrar” onde afeta mais o filho, no caso de Oxum, o amor, por exemplo.
Infelizmente ainda estamos em um grau evolutivo onde às vezes palavras não nos bastam, é necessário sentir na pele a dor para fixá-la em nosso consciente e lembrar que por aquele caminho, podemos nos ferir gravemente, o mesmo, em minha opinião, ocorre com o mundo espiritual, quando você começa a destoar o seu verdadeiro caminho, ignorando a sua vibração nativa, é necessário um chacoalho para que você volte a andar nos trilhos, é aí onde, na minha opinião e no que me foi ensinado, o exu atua. Portanto, primeiramente o castigo não é devido a motivos passionais, mesmo porque não é um castigo, como o médium esgota de várias maneiras essa energia vibracional do qual ele foi envolto, é necessário que o mensageiro (pólo negativo) dessa força entre em ação para que nos “acorde” e nos faça rumar ao caminho certo.
Neófito da Luz
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